21/11/2002 15h56 – Atualizado em 21/11/2002 15h56
A polícia deteve ontem 118 funcionários que faziam a segurança nos dois mais importantes aeroportos de Nova York, o La Guardia e o John Kennedy, sob acusação de falsificação de documentos e ocultação de delitos menores para obtenção de empregos. A operação foi a mais importante realizada nos aeroportos do país e é parte do programa federal para aumentar a segurança dos passageiros diante da ameaça de ações terroristas. As detenções ocorreram no dia seguinte à aprovação, pelo Senado, da criação do Departamento (ministério)de Segurança Interna. A medida vai implementar a maior reorganização do governo em meio século, reunindo no novo departamento 22 agências federais, incluindo a Guarda Costeira, o Serviço Secreto e a Patrulha de Fronteira.
“Não há nenhuma prova de que estas pessoas tenham conexões com organizações terroristas ou intenções de cometer um atentado”, disse Roslynn Mauskopf, procuradora de Nova York. Ela especificou, no entanto, que os detidos “representam uma importante vulnerabilidade no sistema de segurança do transporte aéreo”. E lembrou que, em todos os casos, as pessoas mentiram ao seu empregador. Agentes do FBI (polícia federal) e responsáveis pela segurança de portos e aeroportos foram encarregados de conduzir as prisões.
Todos os funcionários presos tinham acesso aos bagageiros dos aviões, áreas de manutenção dos aparelhos, pistas de pouso, instalações e armazenamento de carga e áreas de revisão das bagagens.
Entre os delitos ocultados por eles há roubos a mão armada, assaltos, furtos, tráfico de drogas e até a falsificação de cartões de seguro social para a obtenção de emprego. “As prisões de hoje representam o fim de uma investigação iniciada havia nove meses por agências locais, estaduais e federais sobre 40 mil pessoas que trabalham nos aeroportos de Nova York”, explicou Roslynn Mauskopf.
Fonte: Jornal da Tarde
