20/11/2002 16h53 – Atualizado em 20/11/2002 16h53
“Mato Grosso do Sul produz, diariamente, 15 mil couros. Se tivermos o respaldo tecnológico dos alemães, temos condições de fabricar sapatos, roupas e acessórios aqui dentro, sem ficarmos limitados à exportação do couro wet blue, que continua taxado em 9%”, explicou.
O cônsul irá levar a proposta para a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, com sede em São Paulo. “No início do ano que vem, possivelmente, teremos um posicionamento sobre o assunto. Como esta é a primeira visita da missão alemã a este Estado, queremos primeiramente identificar o potencial de Mato Grosso do Sul para estreitarmos as relações comerciais”, esclareceu Zeister.
O presidente da Famasul, Léo Brito, sugeriu a colaboração da Câmara Brasil-Alemanha no zoneamento agro-econômico-social do Estado, como forma de identificar que tipos de investimentos são benéficos para ambos os países.
Brito seguiu hoje (20) para Chapadão do Sul, junto com a missão alemã e representantes das cadeias produtivas do Estado. Os alemães passarão dois dias naquele município, onde farão o sobrevôo da região, acompanhados por produtores rurais do local.
Além do couro, a soja não transgênica, o algodão e o boi orgânico também interessam aos alemães. “O mercado do boi verde é crescente na Alemanha”, afirmou o representante da Câmara Brasil-Alemanha, Thomas Timm.
Em relação à exportação de produtos com valor agregado, como o couro, por exemplo, o Brasil, segundo Timm, “ainda é um gigante adormecido, que começa a desenvolver a vocação para exportar o produto acabado”. Ele ressaltou que a maior exigência alemã está no comprometimento do fornecedor. “Nossa preocupação é vocês fornecerem sempre o que prometeram, respeitando prazos, quantidades e qualidade. Neste quesito o alemão é chato mesmo”, adiantou Timm.
Fonte: Escritório de Imprensa





