01/10/2002 14h15 – Atualizado em 01/10/2002 14h15
O pedreiro Raimundo Passos da Silva, que trabalha nas obras do novo prédio da Folha do Estado, presenciou de perto a execução de Sávio Brandão.
Ele estava auxiliando nos trabalhos do lado de dentro do prédio quando ouviu os tiros. “Já houve um acidente de trabalho aqui. Quando ouvi o barulho, pensei que fosse mais um e saí lá para a frente”, contou o pedreiro. Ao sair na calçada, Raimundo viu os dois homens na moto. “O da garupa ainda estava atirando bem de perto e o Sávio estava caído no chão”, contou o pedreiro. Ao perceber a presença do pedreiro, os pistoleiros foram em sua direção e ainda deram dois tiros, que acertaram as paredes do prédio. “Eu nasci de novo. Meu santo é forte”, disse.
Segundo Raimundo, o piloto da moto usava um capacete verde e o autor dos disparos, um com listas vermelhas. “Não deu para ver nada além disso, porque foi tudo muito rápido”.
Para o delegado Simael Ferreira, da Homicídios, as descrições sobre os autores do crime não ajudarão muito nas investigações. “Ao virar a esquina, eles jogam o capacete fora e trocam a camisa.
Quer dizer, em poucos segundos, eles estão com outra caracterização”, disse Ferreira, que deverá ouvir depoimentos a partir de hoje.
Fonte: Dourados News