24/02/2011 11h27 – Atualizado em 24/02/2011 11h27
Conforme o estudo, Campo Grande é a 23ª capital com o maior índice de homicídios, com 25,6 mortes por 100 mil habitantes registradas em 2008
Gilmar Lisboa
Pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Sangari e o Ministério da Justiça, sobre o Mapa da Violência no país, aponta que as cidades de Coronel Sapucaia, Amambai e Ponta Porã estão entre as 100 mais violentas do país. Juntas, essas cidades registraram, em 2008, ano base da pesquisa, 99 assassinatos e estão colocadas, no ranking nacional, respectivamente, na 12ª, 19ª e 63ª posições.
Conforme o estudo, Campo Grande é a 23ª capital com o maior índice de homicídios, com 25,6 mortes por 100 mil habitantes registradas em 2008. A Capital de MS fica bem atrás das demais do Centro-Oeste. No ranking das três capitais da região, Goiânia ficou em 10° lugar em número de homicídios, registrando, em 2008, 44,3 mortes violentas por 100 mil. Já Cuiabá ficou na 12ª colocação, com 42,8 assassinatos por 100 mil.
Segundo o estudo, Itapiranga, no Pará, é a cidade mais violenta do país, com 68 mortes registradas em 2008. Entre as capitais, Maceió lidera o número de assassinatos. Foram 107, 1 mortes em 2008 por 100 mil habitantes.
PAÍS
Com a maior queda entre as 27 unidades da federação, o Estado de São Paulo é um dos exemplos da contenção da violência mostrado pelo Mapa da Violência divulgado na manhã desta quinta-feira. A taxa, entre 1998 e 2008, caiu de 39,7 para 14,9 homicídios por 100 mil habitantes – o Estado, que ocupava o 5º lugar entre os mais violentos, caiu para a 25º posição, perdendo apenas para Santa Catarina e Piauí.
INVERSÃO
Segundo o Mapa da Violência, a partir de 2003, as taxas médias nacionais das capitais e regiões metropolitanas começam a encolher, enquanto as do interior continuam a crescer, mas com um ritmo mais lento. Vários fatores parecem explicar essa reversão: o Plano Nacional de Segurança Pública de 1999 e o Fundo Nacional de Segurança, de janeiro de 2001, canalizando recursos para o aparelhamento dos sistemas de segurança pública das regiões de maior incidência, dificultam a ação da criminalidade organizada que migra para áreas de menor risco.
Há também, segundo o estudo, um processo de desconcentração econômica, com o aparecimento de polos de crescimento no interior dos Estados, fenômenos que atua como fator impulsor da violência pelo País afora, principalmente na região Nordeste. (Com Agência Estado)
