25/02/2011 08h45 – Atualizado em 25/02/2011 08h45
Desta vez, o time alvinegro ainda terá que abrir mão de receber qualquer porcentagem dos direitos do atleta – exigência que o staff de Ganso não abre mão
Terra
O imbróglio envolvendo Paulo Henrique Ganso e o Santos pode ter um desfecho nesta sexta-feira. Membros do staff do meia e da cúpula do clube irão se reunir para colocar as ideias na mesa e discutir que fim levará uma das principais novelas do futebol brasileiro nos últimos tempos.
Na reunião, estarão presentes Fernando Silva, consultor do presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro e homem forte do futebol do Santos, um membro da diretoria da DIS, que detém 45% do passe do atleta, e também familiares de Paulo Henrique.
O Santos irá apresentar pela primeira vez um salário fixo mais vantajoso ao jogador, que está insatisfeito com seus R$ 130 mil atuais – o vínculo em vigor nos dias de hoje também prevê um aumento caso o camisa 10 conquiste duas convocações à Seleção Brasileira.
Conforme apurou o Terra, a proposta do Santos vai duplicar os valores atuais. Desta vez, o time alvinegro ainda terá que abrir mão de receber qualquer porcentagem dos direitos do atleta – exigência que o staff de Ganso não abre mão. Caso a hipótese se confirme, o novo contrato irá se aproximar da remuneração mensal de R$ 500 mil de Neymar.
Sobre isso, explica-se: em 2010, Paulo Henrique ganhou cerca de R$ 2 milhões em patrocínios individuais, ou aproximadamente R$ 170 mil por mês, e lucrou mais que o dobro de seu salário atual graças a esses direitos comerciais próprios.
Em 2011, Ganso já teria garantido R$ 166 mil mensais devido a contratos publicitários previamente firmados com cinco empresas – Gatorade, Pepsi, Nike, Samsung e Gillette – e ainda pode expandir tais valores, pois estamos apenas em fevereiro.
Neymar, por sua vez, tem que dividir todos os seus ganhos individuais com o clube. Parte de suas remunerações é obtida, segundo o clube, por meio de empresas (Nextel, Red Bull e um portal de internet) que fecharam com o Santos para usar da imagem comercial do craque – 30% desses direitos são da agremiação e o resto do próprio jogador, ajudando assim a chegar ao salário de R$ 500 mil.
Esse tópico, que também fora oferecido a Ganso, desagradou completamente os representantes do meia. Uma pessoa ligada a Paulo Henrique que prefere permanecer no anonimato disse à reportagem que o atleta não queria fechar um contrato considerado como de risco, pois caso não fechasse nenhum patrocínio o meia poderia ficar “a ver navios” e ainda perderia parte de seus direitos.
Agora, tudo caminha para um final feliz entre ambas as partes. Contudo, como a “novela Ganso” já teve diversas idas e vindas, os dois lados preferem decretar o acordo apenas com as assinaturas finais firmadas para só então festejarem a nova união. Por isso, existe a chance de que o imbróglio se arraste por mais alguns dias. Aguardemos os próximos capítulos.