22/03/2011 08h13 – Atualizado em 22/03/2011 08h13
Após Coritiba e Cruzeiro anunciarem que estão acertados com a Rede Globo, o vice-presidente comercial da Record, Walter Zagari, alfinetou a concorrente e declarou que a prioridade é fechar com Flamengo e Corinthians
Terra
A “briga” das emissoras de televisão pelos direitos de transmissão dos clubes que disputam o Campeonato Brasileiro ganhou novos capítulos nesta segunda-feira. Após Coritiba e Cruzeiro anunciarem que estão acertados com a Rede Globo, o vice-presidente comercial da Record, Walter Zagari, alfinetou a concorrente e declarou que a prioridade é fechar com Flamengo e Corinthians – os dois times de maior torcida do País – para o triênio 2012/2013/2014.
“A informação que tenho é de que a Globo já acertou com 13 clubes, mas só alguns já admitiram. Mas Flamengo e Corinthians ainda não acertaram. Nossa prioridade é ter Flamengo e Corinthians. Sem eles, não dá para fazer negócio. Queremos começar com eles e na sequência negociar com outros grandes, como Palmeiras, São Paulo e Atlético-MG”, afirmou Zagari, declarando que o desejo da Record é que as partidas ocorram em um horário mais cedo do que o atual.
“Nosso sonho sempre foi ter os jogos em um horário mais saudável. Mas o ‘Jardim Botânico’ (endereço da sede da TV Globo, no Rio de Janeiro) não quer isso. Imagina ter partidas na hora do Jornal Nacional e da novela”, disse.
Zagari afirmou ainda que a Globo preferiu desistir da licitação promovida pelo Clube dos 13 pelos direitos de transmissão do Brasileiro porque poderia perder a disputa – a RedeTV!, com proposta única, foi a vencedora com uma oferta de R$ 516 milhões anuais.
Já a Record, que também desistiu, teria oferecido por volta de R$ 550 milhões se tivesse participado da concorrência. Porém, alegou que havia um “jogo de cartas marcadas”, com clubes e emissoras já com acordos pré-estabelecidos.
“Eles (Globo) saíram do que estava estabelecido. Acho que pensavam que o lance deles não venceria. Nem eles sabem o que fazer. Acho que pode haver uma intervenção pesada”, disse, sem descartar a ação da Confederação Brasileira de Futebol na disputa: “pretendemos falar primeiro com os clubes e depois com a CBF”.
