25/06/2011 09h56 – Atualizado em 25/06/2011 09h56
Atacante tem apenas 22 anos, mas já superou lesões gravíssimas no joelho para seguir jogando. Em novo clube, pode se firmar como titular de Felipão
Globo.com
Aos 22 anos, o atacante Maikon Leite já passou por provações em sua curta carreira. Seguidas lesões atrasaram o desenvolvimento de um jogador com potencial, que já poderia ter alçado voos maiores. Mas é no Palmeiras que o atacante aposta para se afirmar de vez. Depois de superar problemas médicos no Santos e ter feito uma boa temporada no Atlético-PR, o novo camisa 7 do Verdão trata a oportunidade como uma forma de mostrar que, definitivamente, superou os traumas do passado.
Agora, ninguém mais se lembra do Maikon Leite pelas lesões. Coloco gelo no corpo e não sinto mais dores, então a torcida pode ficar sossegada. Claro que qualquer jogador é sujeito a sofrer com algum problema, mas lesão grave, nunca mais – desejou.
Em agosto de 2008, o atacante vivia o sonho de vestir a camisa de um clube grande pela primeira vez. No Santos, ele se destacou rapidamente pela velocidade e toque de bola fácil, e logo se tornou xodó. No entanto, uma partida contra o Flamengo interrompeu de forma brusca toda a evolução – em um lance aparentemente simples na área, dividiu com o goleiro Bruno e sofreu uma ruptura nos ligamentos do joelho direito. Resultado? Oito meses parado e dúvida a respeito de seu futuro no esporte.
Tive a lesão mais grave da história do futebol – resumiu Maikon.
Contrariando os mais descrentes, voltou em abril de 2009 e, aos poucos, retomou seu espaço. Cinco partidas depois, porém, rompeu o ligamento cruzado anterior do mesmo joelho e passou mais seis meses de molho. O novo retorno ocorreu em 2010, justamente quando Neymar explodia de vez e Robinho comandava o ataque santista. Sem espaço, acabou emprestado para o Atlético-PR, onde fez um belo Brasileirão.
Foi aí que o Palmeiras se movimentou e assegurou a contratação do atleta, que assinou pré-contrato em janeiro. De volta ao Santos, foi novamente relegado à reserva de Neymar, mas fez parte do elenco campeão da Taça Libertadores nesta quarta-feira, em decisão contra o Peñarol-URU.
O Neymar é um dos melhores do mundo e eu disputava posição com ele. Não dá. Não tinha como brigar por posição, pelo momento que vive e pela pessoa que é. Jamais torceria contra ele só para jogar – destacou Maikon.
Ele garante que não foi por isso que deixou o Peixe. No Palmeiras, perto de casa e da família, o camisa 7 quer enterrar de vez a ideia de que é mais suscetível a lesões. A força de vontade demonstrada no tempo de recuperação serve de alento.
Hoje estou colhendo os frutos de tudo. Se tive de passar por tudo aquilo, é porque estava apto. Agora, no Palmeiras, vou mostrar que tudo é passado – assegurou o atacante.
