06/08/2011 10h06 – Atualizado em 06/08/2011 10h06
Após três derrotas consecutivas, Muricy Ramalho já balança no comando da equipe
Correio do Estado
Mesmo sem Neymar, ao Santos só interessa a vitória neste domingo, às 15 horas (MS), contra o Ceará, no Pacaembu. Após três derrotas consecutivas, Muricy Ramalho já balança no comando da equipe e a ameaça de queda para a Série B está preocupando cada vez mais.
A diferença de 20 pontos que o separa do líder Corinthians, é resultado dos seguidos insucessos e da queda no rendimento de jogo para jogo. Nem mesmo as partidas atrasadas contra Corinthians, Fluminense e Grêmio servem de justificativa para o que está ocorrendo com a que era disparado o melhor time do primeiro semestre. Em 11 jogos, o Santos somou apenas 11 pontos – três vitórias e dois empates, contra seis derrotas -, com aproveitamento que sinaliza para a segunda divisão: 33.3%.
Para piorar ainda mais a situação, a partida deste domingo será a primeira das duas sem Neymar, que cumpre suspensão pelo terceiro cartão amarelo. Léo também não joga, pois também recebeu o terceiro cartão diante do Vasco, no meio de semana.
Muricy se esforça para não criticar abertamente alguns jogadores para não piorar o ambiente, mas sente que falta mais aplicação por parte de importantes titulares. Um deles é Paulo Henrique Ganso, que não faz gol em jogo do Brasileirão desde novembro de 2009, no empate por 2 a 2 contra o Avaí, em Florianópolis. Com seguidos erros de passes, não lembra nem de longe o meia cerebral que deixava os companheiros de ataque na cara de gol adversário no primeiro semestre do ano passado, além de se omitir no auxílio à marcação.
Paulo Henrique Ganso não é exceção. Com problemas pessoais recentes e carregando o fardo de ter contribuído decisivamente para o fracasso brasileiro na Copa América, Elano afundou-se ainda mais no seu retorno ao Santos ao tentar converter com uma cavadinha o pênalti que aumentaria para 4 a 2 a vitória parcial contra o Flamengo.
Mas o que contribuiu para que o campeão da América se tornasse um time comum, mesmo com Neymar, Paulo Henrique Ganso, Borges, Elano e Ibson em campo, foi a perda momentânea de Adriano, um jogador a quem poucos davam valor. Sem ele, o time ficou sem o seu principal marcador e como os meias e os atacantes pouco têm contribuído no combate, a defesa voltou a ficar exposta como nos piores momentos quando Dorival Júnior era o técnico.