04/01/2013 08h59 – Atualizado em 04/01/2013 08h59
O Projeto de Lei Complementar (PLP) 238/2013 começará a tramitar na Câmara dos Deputados e, após aprovado, será analisado pelo Senado
Da Redação
Chegou ontem (3) ao Congresso Nacional o projeto do Executivo que altera o indexador das dívidas de estados e municípios com a União. A mudança é uma antiga reivindicação de governadores e prefeitos, com apoio de parlamentares.
O Projeto de Lei Complementar (PLP) 238/2013 começará a tramitar na Câmara dos Deputados e, após aprovado, será analisado pelo Senado, onde já tramitam algumas propostas sobre o mesmo tema.
O texto, de acordo com o governo, corrige distorções causadas por mudanças na economia do país. Nas condições atuais, os critérios adotados para a correção podem elevar a dívida em mais de 20% ao ano. Ao tomar posse, no último dia 1°, o novo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou, que a dívida do município é “insustentável” e cobrou do ministro da Fazenda, Guido Mantega, uma repactuação.
Atualmente, o saldo devedor dos estados e municípios é atualizado pelo Índice Geral de Preços (IGP-DI) mais juros que vão de 6% a 9% ao ano. Com a mudança, os juros deverão ser de 4% ao ano e a atualização monetária será calculada com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), mais estável. Caso o somatório dos encargos ultrapasse a variação da taxa básica de juros (Selic) do mês, esta será usada para a atualização.
No encaminhamento do projeto à Presidência da República, o ministro Guido Mantega reconhece as dificuldades enfrentadas por estados e municípios. De acordo com números apresentados pelo ministro, em 2011, a taxa Selic foi de 9,78%, enquanto a atualização monetária e os juros dos contratos da dívida variou entre 17,98% e 21,32%.
(*) Com informações da Agência Senado