29/01/2015 15h38 – Atualizado em 29/01/2015 15h38
De acordo com o chefe regional do Dnit, Milton Rocha Marinho, a obra da ponte obedece cronograma e está praticamente pronta, faltando encabeçamentos de acessos, que já foram iniciados e os guards-rail que estão sendo finalizados
Antonio Crispim, Ricardo Ojeda e Patrícia Miranda
A construção da ponte sobre o Rio Paraná entre as cidades de Três Lagoas (Mato Grosso do Sul) e Castilho (São Paulo) está chegando ao final. Segundo o engenheiro Milton Marinho, do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), em Três Lagoas, a ponte está praticamente concluída, restando apenas alguns arremates. Ontem operários trabalhavam na construção do guard-rail (defensas de concreto). Marinho disse que ontem começaram as obras de construção dos acessos.
O trabalho começou em Mato Grosso do Sul, mas será executado simultaneamente nos dois lados do rio. De acordo com Marinho, a previsão é de que todo o trabalho esteja concluído até o mês de junho, quando a passagem será liberada. Há possibilidade da conclusão ocorrer em maio.
A ponte já deveria estar concluída, mas vários fatores contribuíram para o retardamento. Inicialmente foi uma questão técnica. Devido ao solo rochoso, a empresa teve de importar equipamento específico para o trabalho de perfuração. Depois, uma denúncia de preços irregulares levou à suspensão de pagamentos. Porém, a justiça reconheceu que estava tudo legal. Outro problema foi uma greve de mais de dois meses do Dnit, que impedia as medições e consequente pagamento. Tudo isso fez com que a obra fosse executada em ritmo mais lento durante vários meses.
No início do ano passado, a previsão de conclusão era dezembro de 2014. A ponte está praticamente pronta, faltando os acessos. Segundo Milton Marinho, foi necessário mudar o projeto dos acessos para melhorar a segurança viária. Esta mudança implicou em novos estudos, inclusive de ordem ambiental, o que demanda tempo. Marinho explicou que o projeto era antigo e hoje a realidade é bem diferente.
De acordo com o engenheiro do Dnit, o projeto original previa os acessos com 11 metros de largura – pista simples e acostamento em desnível. Com o novo projeto, as vias de acesso terão 16 metros de largura. “Teremos uma pista adicional à direita para trânsito de veículos pesados partindo da ponte para São Paulo e para Três Lagoas. Nestes dois trechos de saída da ponte, são subidas e optamos pela faixa adicional, pois a ultrapassagem seria quase impossível”, explicou o engenheiro, citando até mesmo mudanças nas rotatórias para aumentar a segurança.
A PONTE
A ponte tem 1.344 metros e mais 6.104 metros de acessos dos dois lados. A nova ponte vai absorver esse trânsito, com duas faixas de tráfego com 3,6m de largura cada uma, além de acostamentos de 2,5m de largura e passagem para pedestres. Atualmente estão sendo construídas as defensas (proteções laterais). O custo inicial da ponte era da ordem de R$ 113 milhões. Diante das mudanças, deve chegar a R$ 117 milhões.
CONTORNO RODOVIÁRIO
O chefe do Dnit falou ainda sobre o contorno rodoviário de Três Lagoas. Dentro de 90 dias deve ser concluído o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea), para em seguida executar o projeto executivo.
O contorno rodoviário terá aproximadamente 24,5 quilômetros de extensão, partindo do acesso à nova ponte, contornando a cidade e passando pelas rodovias BR 158 (destino a Brasilândia) e 262 (Campo Grande) e vai chegar à BR 158 ( via Selvíria), a quatro quilômetros da rotatória de acesso a Três Lagoas (próximo à Fazenda Três Lagoas).
O contorno ferroviário é uma obra há muito tempo reivindicada por Três Lagoas, pois vai retirar de vias urbanas o tráfego pesado de caminhões com madeira e outros produtos das indústrias de papel e celulose instaladas no município.
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