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IMPASSE

28/11/2016 07h11

A disputa pela presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul está acirrada depois que os deputados tucanos decidiram por candidatura própria. Beto Pereira, dizem, teria o apoio do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para eventual confronto com o atual presidente da Mesa Diretora da Casa, Júnior Mochi (PMDB), que busca a reeleição. Apesar disso, o líder tucano tenta o consenso visando à composição de chapa única para evitar um racha na base aliada, desde que o PMDB seja coadjuvante.

TEMOR

Aliado de primeira hora do governo, inclusive nas eleições de outubro quando apoiou Rose Modesto (PSDB) à prefeitura da Capital, Mochi teria, em princípio, apoio do governador. No entanto, o cenário mudou após a derrota dela para Marquinhos Trad (PSD) no segundo turno. Publicamente, ninguém no ninho tucano comenta isso, mas a maior preocupação do governador com a eventual reeleição do peemedebista é com a possível candidatura de André Puccinelli (PMDB) em 2018, respaldado pelos cofres do Poder Legislativo.

PRIVILÉGIO

A crise financeira que afeta os estados levou os governos a adotar medidas que afetaram o pagamento de servidores em pelo menos nove unidades da federação. Entre as medidas estão as demissões de funcionários; atraso, escalonamento ou parcelamento nos salários; redução de vencimentos do primeiro escalão e a falta de reposição anual da inflação. Situação em que MS não se enquadra, porque, mesmo com a herança maldita deixada por André Puccinelli, o governador segurou as rédeas, garantindo o pagamento dos servidores.

GRAVIDADE

Nos casos mais graves até agora, os governos de Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul tomaram medidas drásticas e decretaram estado de calamidade pública, após cortes de gastos e atrasos em salários. Ambos alegam que estão falidos e pedem socorro federal. No Rio, o governo havia quitado, até a sexta-feira (18), apenas o pagamento de outubro de 85% dos servidores. O salário está sendo pago em sete parcelas. Vendo essa situação, os barnabés de Mato Grosso do Sul se sentem num paraíso.

GARANTIDO

Apesar da dificuldade financeira, a situação ainda é razoável em alguns governos estaduais, isso porque o esforço foi grande no sentido de garantir a dignidade dos servidores no fim do ano. Os estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Espírito Santo, Tocantins, Paraná, Pará, Alagoas, Amazonas, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia, Acre, São Paulo e Pernambuco, além do Distrito Federal, mantiveram o calendário de pagamento, embora alguns deles enfrentem dificuldade ou tenham implementado medidas de controle de gastos.

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