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segunda-feira, 29 de abril de 2024

Preconceito leva alunos da UFMS a realizar o movimento ‘Montação Das Afeminadas’

08/06/2017 08h17

Evento acontece no restaurante universitário da faculdade e esta aberto ao público

Gabriela Rufino

Dois discentes, da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), organizam o movimento intitulado ‘Montação Das Afeminadas’. O evento, que começou ontem (7) e se encerra nesta quinta-feira (8), esta sendo realizado no R.U (Restaurante Universitário). O evento é aberto ao público.

Os organizadores do evento são, Leonardo Martins ,19, e é Davi Masther ,25, ambos acadêmicos do curso de Letras. De acordo com Davi, ele vem lutando há quase sete anos lutando pelo seus direitos e respeito dentro da sociedade.

A idealização deste ato foi do aluno Leonardo, que convidou Davi para fazer parte do movimento, de acordo com eles está é a primeira vez que o evento é realizado este ato, e pretendem dar continuidade.

A reportagem do Perfil News entrou em contato com os organizadores. Segundo Davi, o manifesto surgiu através de diversas reclamações da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).

Davi explicou que, “os gays vem passando por algumas situações de ridicularização, que são feitas por outros alunos dentro do R.U, por se vestirem e se portarem de forma que a sociedade não aprova”.

Ainda de acordo com o organizador o legado que o evento tenta deixar é que o respeito está acima de qualquer coisa, pois todos são iguais, independentemente da opção sexual. “O fluxo de pessoas no primeiro dia foi pouco, mas o movimento conseguiu chamar bastante atenção na Universidade, os outros alunos ficaram curiosos com o que estava acontecendo”, relatou.

Já Leonardo, que também é um dos organizadores, explicou que o foco era demonstrar um cotidiano, no qual não era muito observado pelos estudantes. “Minha luta vem sido de maneira indireta para sobrevivência, desde a expulsão de casa como 16 anos por ser gay, só agora na faculdade pude de fato encarar a militância como um processo de trabalho social para além das minhas passagens particulares”, projetou.

E finalizou, “há algum tempo venho na analisando comportamentos culturais divergentes entre os alunos do Campus e, por isso, ficava me questionando o quão prejudicial isto poderia ser para mim e outros alunos, onde a repressão era mais imponente”.

Serviço: O manifesto, que começou ontem, se encerra nesta quinta, e acontece no R.U. da UFMS, às 13h.

Alunos reunidos no restaurante universitário da UFMS. (Foto: Reprodução Facebook)

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