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terça-feira, 1 de julho de 2025

75 pacientes de clínica clandestina eram submetidos a tortura e maus-tratos em Goiânia

Após denúncias de tortura e maus-tratos contra dependentes químicos e pessoas com doenças mentais, a Polícia Civil de Goiás interditou nesta quarta-feira (18) uma clínica de reabilitação clandestina em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital goiana.

Segundo a polícia, os pacientes viviam em condições desumanas, eram agredidos e castigados.

Na última segunda-feira (16), a polícia esteve no local e, na ocasião, encontrou um interno dentro da piscina do local, que estava cheia de sujeira e lodo. Aos policiais, um jovem paciente disse que estava de castigo.

O dono da clínica não foi encontrado no local no momento da operação e, por isso, não pôde ser preso em flagrante. O nome dele não foi divulgado.

A clínica fica localizada no Setor no Jardim das Cascatas e tinha 75 internos do sexo masculino, entre maiores e menores de idade. Apesar de irregular, o local cobrava o valor de R$ 1,2 mil por mês pelas internações.

Também durante a fiscalização, a polícia constatou que a água utilizada para o consumo dos pacientes, bem como o banho, era retirada de um córrego por uma bomba, sem nenhum tipo de tratamento.

Segundo a polícia, vários internos mostraram pedaços de ferros que eram usados nas práticas de agressão e tortura.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Antônio André Santos Júnior, vários dos internos se queixaram de diarreia e vômito, em decorrência da má qualidade da água. E também relataram espancamento.

A Vigilância Sanitária, Assistência Social, Meio Ambiente e Conselho Tutelar também estiveram presentes na clínica. Após a operação, todos os internos foram encaminhados para os seus responsáveis legais.

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