Professor afirma que eleição está sendo conduzida de forma desigual, com favorecimento à Chapa 1 e ausência de divulgação oficial sobre a existência da Chapa 2
O professor Joaquim Soares de Oliveira, candidato à presidência da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), entrou com uma ação pedindo a exclusão da Chapa 1 da disputa eleitoral do sindicato. A denúncia foi feita ao Perfil News e expõe uma série de supostas irregularidades no processo eleitoral da entidade.
Joaquim, que lidera a Chapa 2, alega que não está havendo a devida divulgação da eleição nos canais oficiais da Fetems e dos sindicatos municipais, como o Sinted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Três Lagoas).
Segundo ele, há uma clara vantagem à Chapa 1, que é formada pela atual diretoria, com uso de recursos da estrutura sindical, suposta parcialidade da comissão eleitoral e ausência de paridade no processo.
“Os Sisted’s estão fazendo uma política direcionada à Chapa 1. Estivemos hoje no sindicato de Três Lagoas conversando com a presidente da comissão eleitoral e vimos que não estão dando o direito de igualdade à Chapa 2. Muitos professores sequer sabem que há outra chapa disputando”, afirmou o candidato.
DENÚNCIAS
Entre as denúncias, Joaquim destacou que funcionários do Sinted estariam utilizando camisetas da Chapa 1, promovendo a campanha nas redes sociais e nas escolas, enquanto a Chapa 2 tem tido dificuldade de acesso aos mesmos espaços e meios de comunicação.
Ele também questiona a legitimidade da comissão eleitoral, que, segundo o estatuto da Fetems, deveria ser formada em Assembleia Geral com representantes indicados por todas as chapas. “Até agora, essa indicação não foi feita. A comissão é composta por pessoas ligadas à Chapa 1”, reforçou.
Outro ponto crítico citado por Joaquim é a ausência de representantes da Chapa 2 na organização e fiscalização das urnas itinerantes, que circularão pelas escolas de Três Lagoas. “Como podemos garantir a lisura da eleição se não temos acesso às urnas? Quem vai cuidar do voto?”, questionou.
DESINTERESSE
O professor também apontou um crescente descrédito da categoria com a atual gestão da Fetems. Ele mencionou que, nas eleições anteriores, mesmo com chapa única, mais de 1.600 professores votaram em branco, e quase 4.000 filiados deixaram de participar do pleito. “Hoje, dos 27 mil professores, apenas 23 mil estão aptos a votar. Isso mostra o desinteresse e a insatisfação com a atual direção”, disse.
Por fim, Joaquim fez um apelo por eleições transparentes e democráticas. “Queremos uma eleição justa, com igualdade de condições para todas as chapas. A Fetems é uma federação importante, e não pode ser conduzida por interesses de um grupo que atua de forma fechada e partidarizada. A democracia precisa ser respeitada.”
A reportagem segue acompanhando o caso e espaço segue em aberto para posicionamento dos envolvidos.
