Na tarde desta sexta-feira (20), a arquiteta Sandra Lata, especialista em acessibilidade e presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência fez uma vistoria no local da denúncia e apontou as falhas existentes no local e em vários pontos da cidade
Problema ganhou visibilidade após moradora não conseguir acessar escola no centro da cidade; arquiteta e presidente do conselho municipal reforça denúncias e cobra melhorias.
A falta de acessibilidade em Três Lagoas voltou ao centro do debate público nesta sexta-feira (20), após uma sequência de denúncias feitas por cadeirantes e representantes da causa.
REPERCUSSÃO
O caso ganhou força depois que uma moradora cadeirante tentou acesso em frente à Escola Estadual Afonso Pena, no centro da cidade, e enfrentou diversos obstáculos para se locomover, mesmo com a presença de uma rampa, construída de forma irregular. Em um dia de chuva, ela se molhou completamente por não conseguir acesso adequado ao local.
A reportagem do Perfil News acompanhou o caso e expôs a denúncia da moradora.
A matéria ganhou grande repercussão nas redes sociais e mobilizou respostas da Prefeitura e da direção da escola, que afirmaram existir rampa de acesso. No entanto, admitiram que a estrutura apresentava irregularidades.
DIFICULDADE DE MOBILIDADE
Nos dias seguintes, a mesma moradora voltou a gravar vídeos mostrando outras dificuldades enfrentadas diariamente por pessoas com deficiência para circular pela cidade. Ruas com calçadas quebradas, rampas mal posicionadas, ausência de sinalização e falta de continuidade nos trajetos acessíveis são apenas alguns dos problemas apontados.
Na tarde desta sexta-feira (20), a arquiteta Sandra Lata, especialista em acessibilidade e presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, convocou a imprensa, vereadores e representantes do poder público para uma vistoria no local da denúncia.
O vereador Davis Martinelli esteve presente, assim como assessores do vereador Fernando Jurado.
Durante a visita, Sandra mostrou as falhas estruturais que dificultam o deslocamento de cadeirantes, e reforçou que o problema não se limita à escola, mas se repete em diversos pontos da cidade.
A arquiteta também demonstrou preocupação com o novo Plano Diretor que está sendo elaborado pela gestão do prefeito Cassiano Maia (PSDB). Ela afirma que a inclusão da acessibilidade de forma técnica, planejada e fiscalizada deve ser prioridade no documento, para garantir que Três Lagoas seja uma cidade verdadeiramente inclusiva.
