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quarta-feira, 13 de agosto de 2025

K&G recorre contra desclassificação no leilão da Rota da Celulose

O Consórcio K&G apresentou recurso administrativo contra a desclassificação no leilão da Rota da Celulose. A medida apresentada ao Governo do Estado nesta segunda-feira (11) ocorre em meio à disputa pela concessão de 870 quilômetros da Rota da Celulose, leiloada no dia 8 de maio deste ano na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), vencida pela empresa, que possuía três dias úteis para recorrer da desclassificação.

Em nota divulgada na última semana, o Governo do Estado informou que, “durante a fase de recursos, foram realizadas diligências e análises pela Comissão, que constatou que os documentos entregues não atenderam a integralidade exigida no edital” e, por isso, desclassificou o consórcio K&G.

Com isso, quase três meses após o certame, acatou, no último dia 5, o recurso do Consórcio Caminhos da Celulose, então segundo colocado, convocando a empresa para apresentar documentação. Caso a  empresa atendesse a todas as exigências, poderia assinar o contrato de concessão. 

O consórcio Caminhos da Celulose havia ficado em segundo lugar depois de oferecer um deságio de 8% sobre o valor máximo estipulado pelo edital para as tarifas de pedágio, sendo superado pelo K&G, que propôs desconto de 9%.

Cerca de um mês após o leilão, o Dnit e a ANTT retiraram a K-Infra — empresa que detém 50% das ações do consórcio K&G — da administração da BR-393, a Rodovia do Aço, no Rio de Janeiro, única rodovia que a empresa administrava no País.

IMBRÓGLIO

Foi com base na experiência nessa rodovia que a K-Infra conseguiu se habilitar para o leilão. A outra metade do consórcio K&G pertence ao fundo de investimentos Galapagos. Segundo o Correio do Estado, desde 11 de junho, o andamento do processo estava interrompido, quando a Comissão Especial de Licitação do Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE) do Governo do Estado iniciou a análise do recurso apresentado pelo segundo colocado.

A decisão veio acompanhada da convocação do segundo colocado “para que apresente o Envelope 03 – Documentos de Habilitação, no dia 13 de agosto de 2025, no período das 14h às 16 horas, na sede da B3, localizada na Rua XV de Novembro, nº 275, Centro, São Paulo/SP”.

O consórcio Caminhos da Celulose é formado pelo XP Fundo de Investimentos e pelas construtoras CLD, Caiapó, Ética, Conter e Disbral (Distribuidora Brasileira de Asfalto). Em Mato Grosso do Sul, a construtora goiana Caiapó já atua em grandes obras, como a pavimentação da BR-419, na região de Aquidauana, e a construção do acesso à ponte sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho, orçada em R$ 472 milhões.

A Rota da Celulose prevê a concessão por 30 anos da BR-262 (entre Campo Grande e Três Lagoas), BR-267 (entre Nova Alvorada do Sul e Bataguassu) e MS-040 (338 e 395), entre Campo Grande e Bataguassu, incluindo a instalação de 12 praças de pedágio.

Conforme o edital, a empresa vencedora deverá realizar 115 km de duplicações, 245 km de terceiras faixas, 12 km de marginais e implantar 38 km de contornos de municípios. A malha passará a contar com acostamento em 100% da extensão, somando mais de 450 quilômetros.

A expectativa é retirar o tráfego de áreas urbanas em cidades como Ribas do Rio Pardo, Água Clara e Bataguassu.

Consórcio possuía três dias úteis para apresentar defesa administrativa. Na disputa pela permanência na Rodovia do Aço, a K-Infra chegou a obter liminar no Supremo Tribunal Federal para retomar a concessão, mas permaneceu por menos de 24 horas no controle

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