Atualmente atuam no canteiro de obras 6 mil trabalhadores, porém no pico do cronograma serão 14 mil colaboradores. O projeto já atingiu 82% da fase de infraestrutura, que inclui a terraplanagem e a mobilização civil
O Projeto Sucuriú é o maior investimento da história da Arauco, uma das maiores empresas no mercado global nos setores de celulose, produtos de madeira, reservas florestais e bioenergia. São US$4.6 bilhões dedicados à construção da primeira fábrica de celulose da companhia no Brasil, a maior do mundo, construída em etapa única.
Localizado em uma área de 3.500 hectares, a 50 quilômetros do centro da cidade de Inocência e ao lado do Rio Sucuriú, o Projeto também representa uma transformação de toda a região do Bolsão, do Estado do Mato Grosso do Sul e do Brasil.

A nova fábrica terá a capacidade de produzir 3,5 milhões de toneladas de celulose de mercado por ano e a previsão de início das operações é até o final de 2027. Em todas as fases do Projeto, e de maneira contínua, monitora e respeita a biodiversidade local, identificando espécies de flora e fauna nativas da região, além de fazer o mapeamento das áreas prioritárias para conservação.
CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL
Durante as obras, a Arauco vai oferecer capacitação e gerar mais de 14 mil oportunidades de trabalho. Depois do start up, o Projeto Sucuriú empregará cerca de 6 mil pessoas nas áreas Industrial, Florestal e Logística.
A Arauco conversou com o Perfil News e reforçou que na próxima semana, a empresa vai ter aulas inaugurais das turmas técnicas do Senai, quando jovens de Paranaíba, Inocência e Três Lagoas, terão a oportunidade de uma ótima oportunidade de emprego, com grande possibilidade de crescimento dentro da empresa. O projeto de capacitação de mão de obra visa à operação pós-startup.
CRONOGRAMA
O Projeto Sucuriú completa cinco meses de obras, sendo que a pedra fundamental foi lançada no dia 9 de abril. Atualmente, a fábrica chilena conta com cerca de 6 mil trabalhadores, isso sem contar com os 14 mil que virão no pico da obra. A empresa já alcançou 82% da fase de infraestrutura, que inclui a terraplanagem e a mobilização civil.

O propósito é impulsionar o desenvolvimento social e econômico para toda região, fomentando um aumento na geração de renda e na arrecadação de impostos, além de contribuir para atrair investimentos.
Inocência já gera grande desenvolvimento, o qual deve ficar ainda maior com a chegada de novos milhares de moradores. Para ter ideia, a cidade tem aproximadamente 8 mil pessoas. A expectativa é praticamente dobrar a população do município durante o pico das obras da fábrica chilena, reforçando que o crescimento do município ainda está apenas começando.
COMPROMISSO E VÍNCULO COM A COMUNIDADE
Desde a chegada em Inocência, em 2022, a Arauco mantém diálogo contínuo com a população local, promovendo periodicamente encontros abertos de escuta ativa com as pessoas da cidade e arredores, apresentando a evolução do Projeto e ouvindo suas expectativas em relação ao futuro.
No Mato Grosso do Sul, a companhia atua desde 2009 por meio de sua operação Florestal. De lá para cá, tem realizado estudos e diagnósticos que contribuíram com o alinhamento com lideranças e autoridades das principais demandas impulsionadas pelo Projeto.
Em fevereiro de 2025, a Arauco anunciou o investimento de R$ 85 milhões por meio do Plano Estratégico Socioambiental (PES), um modelo de governança compartilhada que une a companhia e os governos municipal e estadual para garantir a implementação de ações planejadas e monitoradas de maneira transparente e com acompanhamento de todos os atores. O PES é organizado em nove eixos estratégicos – Saúde; Segurança Pública; Assistência Social; Educação, Economia, Trabalho e Renda; Transporte; Saneamento; Habitação; Ordenamento Territorial e Conservação Ambiental. Dentro de cada uma dessas nove áreas, as demandas serão atendidas por um conjunto de ações a longo prazo.
A NOVA FÁBRICA

Todo o maquinário do Projeto Sucuriú contará com tecnologia da indústria 4.0, com controles de processos e simuladores para treinamentos operacionais e com a integração de soluções de conectividade, do processamento da madeira até o controle de qualidade da celulose, o que trará segurança e otimização para a operação e contribuirá para excelência na eficiência do uso de recursos.
A unidade industrial de celulose vai operar produzindo energia em larga escala e em um ciclo fechado (completo), com capacidade de geração superior a 400 megawatts (MW) e aproximadamente 200 MW destinados à demanda de consumo interno. O excedente, suficiente para abastecer uma cidade com mais de 800 mil habitantes, será fornecido ao sistema de comercialização de energia elétrica nacional.