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quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Mato Grosso do Sul planeja expandir base florestal para 2,5 milhões de hectares até 2028

Mato Grosso do Sul possui atualmente cerca de 1,8 milhão de hectares de florestas plantadas e prevê atingir 2,5 milhões de hectares nos próximos três anos, um crescimento de 40% da base florestal. O avanço será guiado pela sustentabilidade, conceito que tem orientado as estratégias das grandes empresas do setor de papel, celulose e madeira.

As declarações foram feitas pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, durante o evento Bracell 2030 (2025), em São Paulo. O encontro, promovido pela Bracell em parceria com o Valor Econômico e a Editora Globo, reuniu autoridades e especialistas para debater o tema “O Brasil na Vanguarda do Clima: da Bioindústria à Economia Regenerativa”. “Este setor possui uma forte exposição internacional, o que o torna um ponto de referência relevante. A exportação de aproximadamente 92% da produção de celulose evidencia um alto nível de interação com o mercado global”, afirmou Verruck.

O secretário, segundo o Capital News, ressaltou a importância da legalidade e da certificação ambiental para garantir a credibilidade do setor. “Empresas como a Bracell e a Suzano não iniciam atividades sem as devidas análises, reservas legais e compensações ambientais. A base de suas operações repousa sobre a legalidade, abrangendo mais de 1,1 milhão de hectares”, destacou. Ele explicou ainda que as certificações florestais costumam ter exigências mais rigorosas que o próprio licenciamento ambiental, o que demonstra “um compromisso com práticas mais exigentes e responsáveis”.

Verruck também abordou os desafios relacionados ao reconhecimento internacional dos créditos de carbono. “O IPCC da ONU ainda não reconhece os créditos de carbono gerados pelo eucalipto plantado, sob a justificativa de que a captura é temporária. O setor busca o reconhecimento da colheita, da rebrota e do replantio como práticas de captura de carbono”, explicou. Para os próximos anos, o secretário projeta o que chama de crescimento biológico do setor: “Se consolidarmos a Bracell e a segunda planta da Eldorado, chegaremos aos 2,5 milhões de hectares plantados em três anos, incluindo cerca de 700 mil hectares de áreas de preservação”, finalizou.

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