No domingo (9), com o avanço e posterior passagem da frente fria, é esperada uma acentuada queda nas temperaturas, com mínimas entre 11°C e 14°C, principalmente nas regiões sul e sudoeste sul-mato-grossense
A formação de um ciclone extratropical causa chuvas intensas e tempestades na primeira semana de novembro. A condição meteorológica que causa estragos no Rio Grande do Sul também já ganha força em Mato Grosso do Sul e deve aumentar nos próximos dias.
Cidades do interior do RS decretam situação de emergência nesta terça-feira (4) em razão das chuvas intensas, incluindo queda de granizo. Conforme a imprensa local, residências e comércios foram danificados com as pedras de gelo.
Veja abaixo as fortes rajadas de ventos que atingiram a cidade de Naviraí nesta quarta-feira
Análises do Meteored indicam que o ciclone ganha força sobre o sul do Brasil e avança para a região norte brasileira. O fenômeno é resultado da combinação entre forte instabilidade atmosférica e um canal de umidade proveniente do Norte.
Além do ciclone, o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) explica que, entre quarta (5) e quinta-feira (6), podem ocorrer tempestades acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento e eventual queda de granizo.
Essa configuração atmosférica está associada ao intenso transporte de calor e umidade em baixos níveis, acompanhado do deslocamento de cavados em vários níveis da atmosfera.
Além disso, a aproximação e o avanço de uma frente fria oceânica, em conjunto com a atuação de áreas de baixa pressão, deverão favorecer a formação e intensificação de instabilidades sobre o Estado. Sendo assim, o Cemtec prevê acumulados expressivos de chuva, que podem ultrapassar os 40 milímetros em 24h, especialmente na quarta-feira.
A condição de tempo mais instável deve persistir até sábado (8), devido ao avanço de uma frente fria mais significativa. Logo, as condições atmosféricas serão favoráveis à ocorrência de chuvas e tempestades, que podem vir acompanhadas de raios, rajadas de vento e eventual queda de granizo.
No domingo (9), com o avanço e posterior passagem da frente fria, é esperada uma acentuada queda nas temperaturas, com mínimas entre 11°C e 14°C, principalmente nas regiões sul e sudoeste sul-mato-grossense.
O clima em Três Lagoas deve ser de manhã mais fresca e com o calor predominando no período da tarde. Conforme o Climatempo, existe previsão de chuvas e ventos fortes em todo o Mato Grosso do Sul.
SITUAÇÃO EM MS
Hoje, o município de Angélica registrou o maior volume de chuva do período. Segundo dados do Cemtec-MS e órgãos meteorológicos federais, foram 119,6 milímetros, o maior acumulado do estado.
Outras cidades, assim como Bataguassu, também tiveram grande quantidade de chuva. Ivinhema aparece em segundo lugar, com 91,2 mm, seguida por Dourados, com 81 mm. Aral Moreira (69 mm) e Fátima do Sul (65 mm) completam a lista das regiões com maiores acumulados.
Em Campo Grande, o volume de chuva foi de 23,8 mm, abaixo de outras regiões do interior, mas ainda assim houve alagamentos e quedas de árvores. No total, mais de 25 municípios registraram precipitação significativa.
Os dados foram atualizados pelo Cemtec-MS até 13h50 desta quarta-feira (5). A tempestade ocorreu após dias de temperaturas elevadas no estado mas agora, segundo previsões meteorológicas, se desloca para a região norte.
A orientação é que a população fique atenta a possíveis alagamentos, quedas de energia e ventos fortes, comuns em períodos de instabilidade mais severa.
PROTEJA-SE
As fortes tempestades que atingem Mato Grosso do Sul, especialmente Campo Grande, provocaram danos severos à rede elétrica. Há riscos de árvores, galhos, placas e telhas serem lançados sobre a fiação, causando queda de postes e rompimento de cabos.
Em caso de rajadas de vento, não é indicado se abrigar debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas. Não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.
A Defesa Civil também pede para que os moradores evitem o uso de aparelhos eletrônicos ligados à tomada. Em caso de urgência, acionar a Defesa Civil (199) ou Corpo de Bombeiros (193).
Conforme o meteorologista Ronaldo Coutinho, o sistema se desloca pelo oceano, influenciando o tempo em Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. As próximas horas serão marcadas por ventos fortes, chuva em pontos isolados e queda de temperatura, especialmente nas áreas mais próximas do litoral.
Com mais de 30 anos de experiência, Ronaldo Coutinho traz a análise completa e explica como esse ciclone pode afetar o clima nas próximas 48 horas.




