Pesquisa do Sebrae/MS e IPF/MS indica que mais da metade dos entrevistados pretendem fazer compras nesse período e têm preferência pela modalidade online
Em 2025, a Black Friday deve injetar R$ 354 milhões no comércio sul-mato-grossense, de acordo com o levantamento feito pelo Sebrae/MS, em parceria com o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF/MS). Segundo a pesquisa, 52% dos consumidores pretendem aproveitar o período para compras e a preferência do consumidor é majoritariamente pelo ambiente online, indicado por 78% dos entrevistados. Já 23% das pessoas ouvidas devem optar por lojas físicas. Entre aqueles que planejam compras presenciais, o centro surge como principal destino (43%), seguido por shoppings (27%), galerias (13%) e comércios de bairro (12%).
Segundo o analista-técnico do Sebrae/MS, Paulo Maciel, o período abre espaço para que os empresários ampliem as vendas. “O empreendedor deve se preparar, ajustando estoque e reforçando as ações de divulgação para alcançar diferentes perfis de consumidores. Como há clientes que optam por ir até a loja, oferecer um atendimento atencioso e eficiente faz toda a diferença”, afirma. Maciel orienta também que os consumidores monitorem previamente o histórico de preços dos produtos que desejam. “Ferramentas de comparação ajudam a verificar se a promoção realmente vale a pena e evitam compras impulsivas, já que alguns itens podem ter ficado mais baratos em outros períodos”, completa.
A pesquisa também revelou quais são os itens mais desejados pelos consumidores na Black Friday 2025. Os produtos voltados ao trabalho lideram as intenções de compra, com 21% das menções. Em seguida aparecem notebooks e computadores (20%). Já móveis, eletrodomésticos e eletrônicos somam 19% das preferências, enquanto tablets e celulares representam 14%. Além disso, 10% dos entrevistados ainda não decidiram o que pretendem adquirir.
O levantamento aponta ainda que o gasto médio previsto para este ano é de R$ 454,73. A maior parte dos consumidores espera investir entre R$ 300 e R$ 400 (21%) ou entre R$ 200 e R$ 300 (20%). Quanto ao perfil do público ouvido, predominam trabalhadores com carteira assinada (51%), seguidos de empresários (16%), autônomos (14%) e servidores públicos (12%).
Apesar da intenção de compra destacada pelos entrevistados, o montante de R$ 354 milhões previsto para movimentar a economia do Estado representa uma queda de 18% em relação ao ano anterior, sinalizando maior cautela dos consumidores diante do cenário econômico atual. Ainda assim, o período segue como uma janela importante para o varejo, conforme destaca a economista do IPF/MS, Ludmila Velozo.
“A Black Friday continua sendo um momento relevante para o comércio, especialmente pelo aumento do tráfego digital e pelo planejamento de compras por parte dos consumidores. O que observamos em 2025 é um comportamento mais racional, em que o cliente compara preços, prioriza itens de maior necessidade e busca descontos realmente vantajosos. Isso explica tanto a queda no volume total quanto a manutenção do interesse pela data”, analisa.
Entre os consumidores que não pretendem comprar na Black Friday, a principal justificativa é a desconfiança em relação aos descontos, citada por 53% dos entrevistados. A instabilidade econômica também influencia a decisão, sendo apontada por 20% do público. Além disso, 10% afirmam evitar gastos no momento e 18% dizem que não vão participar da data por falta de dinheiro.
Realizada entre os dias 3 e 8 de novembro, o levantamento ouviu 1.982 pessoas em sete municípios do Estado: Bonito, Campo Grande, Coxim, Corumbá/Ladário, Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas. A margem de erro varia entre 5% e 6%, com intervalo de confiança de 95%. Para conferir a pesquisa na íntegra basta clicar aqui.
Mais informações podem ser obtidas por meio da Central de Relacionamento do Sebrae/MS, no número 0800 570 0800, ou por meio do site ms.sebrae.com.br.




