13/11/2007 13h27 – Atualizado em 13/11/2007 13h27
Terra
Sidclei Costa Silva, 23 anos, confessou o assassinato de Mauro José Mascarenhas Pimentel dos Santos, 46 anos, irmão do humorista Cláudio Manoel (o Seu Creysson do Casseta & Planeta), ocorrido na semana passada em Salvador. Ele foi preso na manhã de hoje, em Aracaju. Segundo a polícia, Silva teria conhecido a vítima na tarde do dia 5 de novembro, horas antes do crime, na praia do Porto da Barra. Ao chegarem ao apartamento de Mauro José, no bairro da Federação, os dois teriam iniciado uma discussão. Em seu depoimento, Silva disse que teria sido agredido na cabeça pela vítima com uma faca e que, inclusive, um de seus dedos havia sido arrancado. Silva teria revidado com um soco, que fez com que José Mauro desmaiasse. O suspeito teria, então, esfaqueado José Mauro no banheiro do apartamento. Conforme a polícia, o suspeito foi encontrando em função de uma ligação feita para o telefone celular da vítima, a partir de um chip que foi comprado por Silva e estava no nome de um amigo dele. Foi através das informações fornecidas pelo amigo de Silva, que a polícia chegou a ele – que confessou o crime na casa de sua mãe, em Aracaju, Sergipe. Ele havia fugido para lá no dia seguinte ao assassinato. Silva teria antecedentes criminais por furto e seria usuário de drogas. Com ele, a polícia encontrou o celular de José Mauro e um aparelho de DVD furtado do apartamento da vítima. O acusado já foi transferido para Salvador, onde prestou depoimento. O humorista Cláudio Manoel esteve na delegacia. Desde o assassinato do irmão, o humorista está em Salvador prestando assistência a sua mãe, que completou ontem 81 anos. Mesmo indignado com a brutalidade do crime, Cláudio Manoel, fez um alerta para que as pessoas tenham mais cuidado ao conhecerem estranhos. “Nunca se deve culpar a vítima. Mas não se pode esquecer que existem riscos. Queria apelar para as pessoas que tomem cuidados pois existem facínoras, loucos espalhados por aí”. O corpo de José Mauro foi encontrado no dia 6 de novembro e um homem de 28 anos, que era criado pela vítima como filho, chegou a ser detido como suspeito de assassinato. Ele foi liberado no dia seguinte. José Mauro trabalhava como gerente de documentação e pesquisa do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb).