29/06/2007 17h04 – Atualizado em 29/06/2007 17h04
Capital do Pantanal /Assessoria de Imprensa – ALL
A ALL iniciou neste mês a instalação do dispositivo Cerca Eletrônica nos Computadores de Bordo das Locomotivas (CBL) que operam na Malha Norte (estados de SP, MT e MS). O Cerca Eletrônica é uma função do CBL em que os limites da licença para circulação recebida pelo maquinista são convertidos em latitude e longitude. A localização do trem é monitorada via GPS e, caso o maquinista, ultrapasse o limite da licença recebido, o trem é parado automaticamente. “O dispositivo alerta sobre a proximidade do final da licença, permitindo que o maquinista tome as medidas necessárias para parar o trem com segurança. Em última instância, caso ele não atenda as mensagens de alerta, o CBL atua diretamente no freio da locomotiva, parando o trem”, explica César Leandro Prato, gerente de Projetos e Tecnologia Operacional da ALL. Instalado desde 2004 na malha operada pela empresa no sul do país, a previsão é que o novo dispositivo auxilie na redução de ocorrências. A previsão é que até o início de agosto toda a Malha Norte da empresa já possua o Cerca Eletrônica. CBL Instalado em todas as locomotivas no trecho operado pela ALL, o CBL proporciona mais segurança na condução, pois garante o fiel cumprimento da licença enviada pelo sistema de Automação de Circulação de Trens (ACT). O sistema também permite o registro de todos os eventos da viagem do maquinista, como velocidade, aplicações de freio e pontos de aceleração. Qualquer irregularidade no processo, como alteração no limite de velocidade estabelecido para o percurso ou anormalidade na aplicação do freio, fica registrada. Além disso, a capacidade de memória de programa permite que o CBL tenha informações como a identificação automática do maquinista, cujo histórico fica armazenado em um pen drive (arquivo portátil) ou palm top (computador de mão) e é levado por ele em cada viagem. Como o sistema preenche previamente todas as informações para a condução do trem, o maquinista passa a ter mais atenção ao trecho, com mais tranqüilidade e segurança. Além disso, a comunicação por satélite com o sistema de controle de tráfego ferroviário permite automatizar o preenchimento e envio de uma série de informações, o que reduz a necessidade dos maquinistas responderem via teclado. E ainda garante ao maquinista a mesma visão da via que o operador do Centro de Controle Operacional (CCO). O CBL foi desenvolvido pela ALL Tecnologia e empresas parceiras e comercializado para outras ferrovias no Brasil e no mundo. Investimentos Em todo seu trecho, a ALL irá investir neste ano cerca de R$ 550 milhões. Serão recuperadas 40 locomotivas e 1.800 vagões da frota morta da antiga Brasil Ferrovias (muitos parados há mais de 10 anos), além da troca de 20 mil toneladas de trilhos e instalação de 340 detectores de descarrilamento. Somente de junho a dezembro do ano passado, a empresa já investiu R$ 120 milhões no trecho da antiga Brasil Ferrovias (estados de SP, MT e MS). Para se ter uma idéia, quando a ALL adquiriu o controle da Brasil Ferrovias (ferrovias Ferroban, Ferronorte e Novoeste) no final de maio do ano passado, ocorria em média 170 acidentes para cada milhão de quilômetro percorrido pelo trem. No primeiro trimestre deste ano, este índice já foi reduzido para 64. Para este ano, a meta é reduzir em 50% as ocorrências. Na Malha Sul (estados de PR, SC e RS), onde a ALL administra a malha há 10 anos, atualmente são registrados 12,2 acidentes para cada milhão de quilômetro percorrido pelo trem. Perfil ALL Maior empresa de logística da América Latina e maior companhia ferroviária do Brasil, a ALL – América Latina Logística possui uma malha de 20.495 mil quilômetros de extensão, que abrange os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul no Brasil e as cidades de Paso de los Libres, Buenos Aires e Mendoza na Argentina, e opera uma frota de 960 locomotivas e 27 mil vagões, além de cerca de 1,4 mil veículos entre próprios e agregados.
