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segunda-feira, 7 de julho de 2025

Polícia vai fazer reconstituição da morte de João Hélio nesta quinta-feira

15/02/2007 13h50 – Atualizado em 15/02/2007 13h50

G1.com.br

A reconstituição do trajeto feito pelos acusados do crime em que o menino João Hélio, de 6 anos, morreu arrastado será feita na tarde desta quinta-feira (15), na Avenida João Vicente, em Oswaldo Cruz, no subúrbio do Rio. As informações são do delegado da 30ª DP (Marechal Hermes), Hércules Nascimento. O procedimento será feito apenas por policiais, sem contar com testemunhas. Nascimento informou que, na quarta-feira (14), testemunhas estiveram no local onde elas haviam observado as ações dos criminosos. De acordo com ele, as informações colhidas ajudarão na reconstituição. O objetivo é melhorar a prova técnica descrita no inquérito, que será encaminhado ao Ministério Público. O delegado disse ainda que não vai divulgar os laudos cadavéricos nem o técnico do local. A criança foi arrastada até a morte por quatro bairros do subúrbio, na noite do dia 7. Missa em memória de João Hélio Os pais do menino João Hélio participaram de uma missa contra a violência na Igreja da Candelária, no Centro do Rio, na manhã de quarta-feira. Cerca de mil pessoas estavam na igreja e o clima era de grande comoção. O evento foi promovido pelos pais da jovem Gabriela, vítima de bala perdida no metrô, em 2003. Muitos familiares de outras vítimas de violência participaram da cerimônia. Os pais de João Hélio foram muito aplaudidos na chegada. “Eu quero que todo cidadão tenha consciência que temos que ir às ruas e cobrarmos os nossos direitos para tentar fazer com que o governo tenha consciência que é hora de governar correto e por justiça.“, afirmou Rosa Cristina Fernandes, a mãe do garoto. “Não sou a favor da pena de morte. Pena de morte é pouco para eles (suspeitos). A vida para eles não vale nada. Eu acho que o Rio de Janeiro tem que mudar. O Brasil tem que mudar”, desabafou Aline, de 14 anos, irmã de João Hélio. O governador Sérgio Cabral e o comandante-geral da PM, coronel Ubiratan, também participaram da cerimônia. Cabral foi recebido aos gritos de “justiça”, “basta” e “João”. Ele disse que veio primeiro como pai e depois como cidadão e governador. Suspeitos ficam frente a frente Os cinco suspeitos detidos passaram por acareação na terça-feira (13), na delegacia de Marechal Hermes. O que se viu foi uma troca de acusações entre os bandidos, mas a polícia afirma que identificou a participação de cada um deles no assalto que terminou com a morte de João Hélio Fernandes. Os acusados ficaram frente a frente e foram interrogados durante cinco horas por três delegados.

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