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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Morte da braquiária atinge 63% das pastagens, diz Embrapa

10/05/2006 07h51 – Atualizado em 10/05/2006 07h51

Midiamax News

Dos 110 milhões de hectares de pastagens, pelo menos 70 milhões, ou seja, 63% estão com problemas causados pela morte da braquiária que preocupa a maioria dos produtores brasileiros. Pelo menos é o que disse ontem o pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Gado de Corte), Rodrigo Amorim Barbosa quando apresentou durante a 4º Enipe (Vitrine Tecnológica do Encontro Internacional de Negócios da Pecuária) um quadro clínico da situação em todo o país, e aproveitou para fazer algumas sugestões e facilitar a ação dos pecuaristas.“A morte do capim tem várias causas, mas o encharcamento de solo parece ser um dos principais da lista. É importante lembrar que muitas causas estão relacionadas a esta, ou seja, o ataque do fungo, por exemplo, se dá em função da suscetibilidade da planta que, geralmente, está em um solo muito úmido. O percevejo castanho e a cigarrinha das pastagens também estão na lista”, declarou o pesquisador. A monocultura é outra causa e atinge pelo menos 70, dos 110 milhões de hectares, ou seja, pelo menos 63% das pastagens brasileiras são formadas pelo Marandu, uma cultivar da braquiária. Barbosa alerta que é preciso diversificar. “Mesmo que as outras cultivares não sejam tão produtivas, o pecuarista precisa buscar auxílio técnico para saber o que é mais indicado para região em que está produzindo”, destaca. Além da diversificação, também é necessário caracterizar o solo e fazer um diagnóstico da região. “O produtor deve observar com cuidado o que está acontecendo na propriedade e passar as informações corretas para o técnico, assim fica mais fácil fazer um diagnóstico”, diz. Barbosa conta que a Embrapa tem orientado as instituições que trabalham com pesquisa a fazer um levantamento da área plantada e um diagnóstico de cada região. Além disso, também é preciso investir no manejo das pastagens que inclui adubação e ajuste de capacidade de carga. Já José Alexandre Costa, pesquisador da Embrapa Gado de Corte, lembra que a vitrine Tecnológica é uma metodologia utilizada para a transferência de tecnologia. “O objetivo é mostrar aos técnicos e produtores os resultados das pesquisas realizadas no campo. Assim, queremos despertar o interesse do produtor para a importância de uma boa gestão. É um fórum, é a oportunidade de troca de experiência”, diz. Para o pesquisador Camilo Vieira da Embrapa Transferência de Tecnologia, a Vitrine Tecnológica oferece diversos sistemas de produção, muitas informações. “Nosso objetivo é despertar o interesse do produtor para que ele busque o que lhe interessa e o que condiz com a sua realidade. Ele também precisa aprender a gerir as informações”, conclui.

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