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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Moradores próximos a lixão de Dourados contraem dengue

10/05/2006 09h06 – Atualizado em 10/05/2006 09h06

Midiamax News

Moradores em área rural localizada na região do lixão, saída para o distrito de Picadinha, em Dourados, denunciam a contaminação da água de poços e a infestação de insetos. Joelma Teles Rosa, 21 anos, e Marlene Martins Oviedo, 21 anos, passaram mal na semana passada e o diagnóstico foi dengue.Naquela região, mais de uma dezena de pessoas contraíram a doença e Eroma Medianeira Martins, 45 anos, e outros sitiantes acreditam que o mosquito procria no antigo lixão, localizado próximo à reserva indígena. Apesar de oficialmente desativado, o lixão circundado por várias propriedades rurais, continua recebendo o despejo de lixo, que bóia misturado ao chorume (líquido escuro resultante da decomposição orgânica), entulhos, galhos e folhas secas.O local é propício à proliferação do Aedes aegypti (mosquito da dengue) e o Flebótomo, vetor transmissor da leishmaniose. O horticultor Bento Teles, 45 anos, morador do sítio Água Doce, reclama da infestação de moscas varejeiras e mosquitos e conta que naquela área ninguém mais quer cavar poços, por medo de contaminação.O gerente da fazenda Boa União, Paulino Marques Bueno, 48 anos, afirma que a água do poço não serve nem para lavar roupa. “Parece oleosa; na caixa de água de 10 mil litros a bomba ficou corroída. Para cozinhar, lavar roupa e tomar banho, somos obrigados a buscar água na pedreira”, conta. O lixão foi desativado há mais de um ano, após a inauguração no novo aterro sanitário de ponta, do outro lado da cidade, que processa cerca de 100 toneladas de lixo doméstico por dia.O secretário municipal de Planejamento e Meio Ambiente, Mário César Tompes, disse na semana passada que desconhecia que a área ainda esteja sendo utilizada. Ontem, Tompes comunicou que a Prefeitura já traçou duas medidas emergenciais: o aterro da área e o monitoramento permanente do lixão. O projeto de recuperação da área degradada está parado por falta de recursos – cerca de R$ 1 milhão – e a Prefeitura vem tentando viabilizar a verba junto ao governo federal.

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