09/05/2006 08h22 – Atualizado em 09/05/2006 08h22
Correio do Estado
Em um intervalo de 20 dias, Campo Grande registrou a quarta morte em decorrência de atropelamento por ônibus de transporte coletivo urbano. Ontem, Elzira Grellmann, 60 anos, morreu instantaneamente após ser atropelada, no centro da cidade. Na semana passada, Martina Leandro, 62, foi atropelada na Avenida Júlio de Castilhos, teve uma das pernas amputada e morreu na Santa Casa, dois dias depois. No dia 18 de abril, dois irmãos, de 8 e 16 anos, morreram após atropelamento na entrada do Terminal Bandeirantes.O acidente de Elzira Grellmann ocorreu no cruzamento da Rua 13 de Maio com Rua 15 de Novembro, por volta das 12h. Ela estava na esquina e atravessava a via pública em direção à Praça Ary Coelho. O ônibus da empresa Viação Cidade Morena, que fazia a linha Terminal Guaicurus-Expresso, seguia pela Rua 13 de Maio e virou a esquina para pegar a Rua 15 de Novembro. O veículo passou por cima do corpo da mulher, que apresentou esmagamento do tórax e múltiplas fraturas nas pernas.Duas viaturas do Corpo de Bombeiros e uma do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estiveram no local, mas não houve tempo de socorrer a vítima. O acidente chamou a atenção dos pedestres e o trânsito no cruzamento ficou interrompido. Conforme informações da Companhia Independente de Trânsito (Ciptran), o ônibus era conduzido por Domingos da Silva Rodrigues, 53.Outros casosNo fim da tarde de quarta-feira, dia 3 de maio, uma outra mulher, Martina Leandro, 62, foi atropelada por um ônibus em uma das vias mais movimentadas da Capital, a Avenida Júlio de Castilhos. Ela foi levada para a Santa Casa, onde teve a perna esquerda amputada. Devido aos ferimentos, ela morreu na sexta-feira pela manhã.No dia 18 de abril, dois irmãos, Vanderson Martins Zanin, 16, e Vagner Martins Zanin, 8, retornavam da Escola Municipal Brígida Ferraz, na Vila Jacy, de bicicleta, quando passaram pelo Terminal Bandeirantes, na avenida homônima. Eles não conseguiram parar, sendo colhidos por um ônibus articulado que entrava no terminal. As crianças morreram na hora.Conforme a assessoria de imprensa da Associação das Empresas do Transporte Coletivo Urbano (Assetur), é preciso verificar as causas dos acidentes e as quatro mortes seguidas seriam uma “infeliz coincidência”. Os motoristas, segundo a assessoria, recebem treinamento de direção defensiva e passam por capacitação. “A Assetur lamenta os acidentes”, informou.