09/05/2006 13h56 – Atualizado em 09/05/2006 13h56
Terra
O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu nesta terça-feira que o ex-seminarista Gil Rugai deve ser submetido a júri popular. Acusado de assassinar o pai, Luiz Carlos Rugai, e a madrasta, Alessandra Troitino, em março de 2004, Gil Rugai pretendia, através do recurso, derrubar sentença que o levaria a júri popular por duplo homicídio. A data do julgamento segue sem definição.
Gil foi preso um ano após o assassinato, quando a polícia encontrou a arma utilizada no crime dentro do encanamento do prédio onde funcionava a produtora de seu pai. Por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), ele foi libertado da prisão no dia 19 de abril.
O STF entendeu que a prisão preventiva do estudante não mais se justificava, pois esse tipo de detenção, que normalmente tem a duração de meses, já havia completado dois anos – e o suspeito é réu primário. No entanto, a liberdade do acusado gerou uma discussão sobre a morosidade da Justiça.
Contra Gil Rugai, que alega inocência, pesa o testemunho de um vigia que afirma ter visto o estudante sair do prédio da produtora do pai, onde ele e a mulher foram mortos a tiros, em Perdizes, na capital paulista, logo após os disparos. A polícia também encontrou a pistola usada no crime no prédio onde Gil mantinha um escritório.