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domingo, 14 de setembro de 2025

Projetos de Psicologia amparam formação de crianças indígenas

04/05/2006 09h11 – Atualizado em 04/05/2006 09h11

Decom

O Núcleo de Psicologia da UNIGRAN e a Amigo do Índio (AmI), organização parceira da Instituição, estão desenvolvendo na Reserva Indígena de Dourados dois projetos de extensão de grande importância para o fortalecimento da auto-estima da criança índia, “Arte e Psicologia nas Aldeias” e o “Atendimento a crianças com dificuldade de aprendizagem”. Os projetos são desenvolvidos no Núcleo de Atividades Múltiplas da UNIGRAN (NAM) e nas Escolas “Agostinho” e “Tengatui Marangatu”, sob a supervisão da professora Adriana Sordi Lino. O projeto que se preocupa com o aprendizado escolar consiste de atendimento psicopedagógico e psicológico às crianças. Nesse trabalho, utilizam-se jogos e brincadeiras como recursos que despertam o interesse do aluno. E isso pode ser mais fácil de conseguir com jogos próprios de suas culturas. “Nós tentamos não levar brincadeiras da cidade, queremos que elas sejam da própria comunidade indígena”, disse a professora Adriana.Ela explicou que as brincadeiras e jogos são aproveitados de forma não-didática. Ou seja, a abordagem lúdica faz com que a criança aprenda brincando as palavras, os números e as operações lógicas de que necessita em sala de aula. “Assim, muitas dificuldades de aprendizagem estão sendo sanadas”, falou a orientadora. Adriana Sordi acrescentou que, se durante o atendimento é diagnosticada uma dificuldade maior, que pode ser causada por problema neurológico, psicológico, orgânico, visual ou auditivo, a criança é encaminhada para atendimento especializado. Já o projeto-piloto “Arte e Psicologia na Aldeia” busca oferecer espaço artístico para trabalhar a criatividade individual e dos grupos assistidos, de modo a fortalecer a cultura indígena, e auxiliar na aprendizagem escolar e relações sociais. Conforme explicou a professora, a base dessa proposta é juntar práticas psicológicas e artísticas no atendimento a crianças e adolescentes que passam por conflitos de identidade, bem como na assistência àqueles que sofreram violência ou se tornaram dependentes químicos. O projeto possibilita ao participante expressar-se com liberdade, a fim de elaborar seus problemas de maneira saudável, como frisou a orientadora, e tem como meta a melhoria de suas funções psicológicas. Na opinião da professora, no conjunto da educação, a escolarização é fundamental ao desenvolvimento de todo ser humano nos dias atuais. Mesmo nas comunidades indígenas, isso é uma necessidade, para que a criança indígena cresça com melhores condições e qualidade de vida. “A função social destes projetos é riquíssima”, disse Adriana Sordi.

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