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Três Lagoas
domingo, 14 de setembro de 2025

Conselho mapea população carcerária

04/05/2006 10h04 – Atualizado em 04/05/2006 10h04

Olair Nogueira

O Conselho da Comunidade de Três Lagoas conseguiu mapear a população carcerária da cidade. Os números foram apresentados ontem, pelo presidente do Conselho, José Antonio Rodrigues, no Fórum que tratou sobre o tema violência, realizado no plenário da Câmara de Vereadores e que contou com representantes do Poder Executivo, Legislativo, Judiciários, Polícias Militar, Civil, Rodoviária Federal, classe empresarial, entre outros.Criada em 2003, o Conselho da Comunidade de Três Lagoas é formado por representantes de instituições civis, públicas ou assistenciais, na condição de voluntários e a principal função é congregar representantes dos órgãos representativos da Comunidade para auxiliar as autoridades constituídas junto aos reeducandos recolhidos nos estabelecimentos penais da comarca, em todas as tarefas ligadas à sua readaptação, inclusive dos egressos dos diversos regimes.OS NÚMEROSA população carcerária de Três Lagoas chega 487 pessoas. Destas, 51%, ou seja, 247 já estão condenadas e 48%, cerca de 234, aguardam sentença. O trafico de droga ainda é responsável pela maior parte das prisões. 222 detentos foram presos por tráfico ou associação ao tráfico, isso representa 46%. HOMICÍDIOSO presidente revelou ainda que 65 pessoas estão presas pelo artigo 121 do Código Penal (homicídio). Isso equivaleria a 12% da população carcerária. 86 pessoas estão presas por furto (artigo 155 do Código Penal), 64 pelo artigo 157 (roubo) e 52 por outros crimes.PRESÍDIO FEMININOJosé Rodrigues disse ainda que no presídio feminino de Três Lagoas 84 % das detentas foram presas por tráfico, três por furto e dois por roubo.COMBATE AO TRÁFICOO presidente sugeriu que o combate à violência deveria ter como objetivo eliminar o tráfico na cidade e que a geração de emprego e renda seria o caminho para esse fim. Questionado pelo Perfil News, disse que a emprego seria o ponto principal para se eliminar ou reduzir a violência na cidade. EDUCAÇÃOInvestir na educação a longo a prazo e a médio na qualificação profissional e na vinda de mais indústrias para a cidade. Esta foi a solução encontrada pelo presidente da Associação Comercial para que a violência tenha uma redução significativa futuramente. Vanderlei Ramos Duarte, que também participou do Fórum, disse que a violência está atrelada a industrialização da cidade, mas que o aumento no efetivo das policiais ajudaria a combater o problema com eficácia. “Não adianta apenas falar, temos que agir, sugerir e cobrar, principalmente o governo do estado, pois com a violência aumentando os empresários vão rever certas decisões de virem para Três Lagoas e com certeza a arrecadação, tanto a nível municipal quanto estadual vão cair”, explicou Duarte.SUGESTÕESUma nova data deverá ser marcada para a realização de um novo Fórum. Na oportunidade deverão ser apresentadas sugestões pelos participantes do fórum, indicados pelas entidades.

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