03/05/2006 15h22 – Atualizado em 03/05/2006 15h22
Terra
O promotor Carlos Haita Filho disse que o fato de o jornalista Antonio Pimenta Neves ter se mantido em silêncio hoje durante seu julgamento em Ibiúna, São Paulo, apenas confirmou os fatos anteriores de que ele foi o autor dos disparos que mataram a jornalista Sandra Gomide. “Seria um absurdo ele tentar reverter essa situação a esta altura do campeonato. Desse modo, a sua culpa, fica inquestionável”.
Pimenta Neves manteve-se em silêncio durante o interrogatório. Logo após a leitura da denúncia, o juiz Diego Ferreira Mendes perguntou se ele gostaria de falar alguma coisa sobre o crime e a resposta foi “não, prefiro me manter em silêncio”.
Em seguida, o juiz perguntou se ele gostaria de falar algo sobre os fatos que antecederam o crime e a resposta novamente foi uma negativa. Mendes fez uma terceira pergunta – se ele gostaria de falar alguma coisa posterior ao crime – e a resposta foi mais uma vez “não”.
O promotor disse que pedirá que o réu seja enquadrado por homicídio duplamente qualificado. “Aí quem decidirá a pena será o juiz, de acordo com os jurados”.
O Caso
Pimenta Neves, 69 anos, chegou para o julgamento às 8h04 em meio a um grande tumulto e sem falar com a imprensa. O jornalista entrou pela porta da frente do tribunal.
O jornalista confessou ter dado dois tiros na ex-namorada, a também jornalista Sandra Gomide, no dia 20 de agosto de 2000. O primeiro atingiu as costas de Sandra, à época com 32 anos. O segundo, no ouvido, foi à queima-roupa. Se for condenado, a pena pode chegar a 30 anos, segundo o promotor Carlos Rodrigues Horta Filho.