03/05/2006 16h31 – Atualizado em 03/05/2006 16h31
Midiamax News
O pré-candidato à presidência da República, Anthony Garotinho, pode perder o apoio dos diretórios estaduais depois de deflagrar a greve de fome e não apresentar provas que comprovem a inocência dele no recebimento de recursos suspeitos para a pré-campanha. A opinião é do senador e membro da executiva nacional do partido, Ramez Tebet, que inclui o diretório sul-mato-grossense entre aqueles que podem mudar de opinião. “Eu achei um fato inédito. Não aprovo atitudes como esta na política, respeito como ser humano, mas não acho a atitude adequada, ele é o candidato que nós apoiamos em Mato Grosso do Sul, agora não sei como fica”, disse o Senador em entrevista ao Midiamax. O PMDB de Mato Grosso do Sul sempre defendeu a candidatura própria para a presidência da República, tendo os principais líderes como articulares a favor da idéia. O deputado federal Waldemir Moka (PMDB) chegou a assumir a liderança da bancada federal peemedebista para garantir a realização das prévias que escolheriam o candidato. Na época, o escolhido foi Garotinho. No entanto, após a greve de fome, lideranças nacionais do PMDB têm demonstrado mudança de opinião sobre os rumos da candidatura. Ramez é o primeiro sul-mato-grossense a revelar uma dúvida em relação a que posição tomar. O senador reúne-se hoje com a executiva nacional do PMDB, as 17h30 (horário de Brasília – DF) para discutir a realização ou não de uma convenção no próximo dia 13 de maio. A ala governista do PMDB defende a antecipação do evento, previsto para junho, para definir pelo fim da candidatura própria. “Eu defendia a realização entre 10 a 30 de junho, mas agora tem essa greve de fome do Garotinho, vou sentir o partido. Se o partido quiser candidatura própria, vamos continuar com candidatura. Caso contrário, não”, disse. Paralelamente a reunião da executiva, acontece em nível nacional outro movimento que pode impedir o PMDB de lançar candidato à sucessão presidencial. Em um café da manhã realizado hoje, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, ofereceu ao presidente nacional do PMDB, Michel Temer, a vaga de candidato a vice-presidente na chapa que terá Lula disputando a reeleição.
