02/05/2006 14h34 – Atualizado em 02/05/2006 14h34
Terra
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, garantiu nesta manhã ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não há risco de desabastecimento de gás no Brasil, como consequência do decreto de nacionalização e da ocupação militar das refinarias ocorrida segunda-feira na Bolívia. “O presidente da Petrobras informou ao presidente (Lula) que não há qualquer risco de desabastecimento e que a Petrobras tem todas as condições de garantir que o fornecimento de gás para o Brasil vai continuar normal”, disse o porta-voz da Presidência, André Singer, a jornalistas. “Os consumidores e as empresas não têm porque se preocupar”, acrescentou Singer. Ele não informou quais teriam sido as medidas adotadas pela Petrobras para garantir tranquilidade quanto ao abastecimento. “O decreto assinado pelo presidente Evo Morales não prevê interrupção do fornecimento”, destacou o porta-voz. A estatização da produção e comércio de derivados de petróleo na Bolívia foi tema de uma reunião de emergência na manhã desta terça-feira no Palácio do Planalto. Além de Gabrielli, participaram da reunião com Lula o vice-presidente, José Alencar, os ministros da Defesa, Waldir Pires, da Fazenda, Guido Mantega, da Casa Civil, Dilma Rousseff, de Minas e Energia, Silas Rondeau, da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, da Secretaria Geral, Luiz Dulci, das Relações Institucionais, Tarso Genro, o ministro-interino das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, e o assessor especial de Relações Internacionais, Marco Aurélio Garcia. A reunião foi interrompida para o almoço e prosseguirá à tarde. O porta-voz informou que o presidente Lula “fará consultas” por telefone, ainda nesta terça-feira, a outros presidentes da América do Sul para analisar a decisão do governo boliviano. Segundo André Singer, Lula ainda não havia conversado com o presidente boliviano, Evo Morales.
