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sexta-feira, 2 de maio de 2025

Popó enfrenta pugilista norte-americano neste sábado

29/04/2006 11h19 – Atualizado em 29/04/2006 11h19

Folha de S.Paulo

Pela quarta vez na história, o Brasil ganha a chance –nunca materializada– de ter simultaneamente dois representantes no topo do boxe internacional.Se derrotar hoje à noite o norte-americano Zahir Raheem, pelo título vago dos leves da OMB, Popó irá se juntar a Sertão, dono do cinturão dos penas (até 57,1 kg) pela FIB. O combate será no Foxwoods Casino, em Mashantucket (EUA).Ontem, Popó e seu adversário pesaram no limite da categoria dos leves, que é de 61,2 kg. “Quem já fez isso? Nunca houve dois brasileiros campeões mundiais ao mesmo tempo. E não esqueça meus outros três títulos [superpenas e leve]”, disse Popó.”Será uma luta muito difícil, mas acho que vai dar Popó. Aí serão os dois baianos campeões mundiais”, espera Sertão.Popó, de maneira reservada, afirma crer na possibilidade de uma vitória por nocaute. Diz que, sem deixar a técnica de lado, deve seguir a tendência, iniciada após a derrota em 2004 para Diego Corrales, de recuperar a agressividade e aproveitar sua pegada.A primeira oportunidade de o Brasil ter dois campeões simultâneos surgiu com Luiz Claudio Freitas, irmão mais velho de Popó, que subiu ao ringue para desafiar o mexicano Marco Antonio Barrera, campeão em várias categorias. Quando Luiz Claudio, um peso-pena que se desgastou para descer uma categoria e enfrentar Barrera pelo título dos supergalos, foi fulminado em menos de um assalto, Popó detinha o cinturão dos superpenas pela OMB. Agora, o carrasco do irmão, Barrera, está na mira de Popó. “Ele [Barrera] está na lista de possíveis rivais [para o futuro].” O porto-riquenho Oscar Suarez, técnico de Popó, afirma que outra opção seria uma revanche com Diego Corrales, que tomou o cinturão do brasileiro em 2004.Ainda durante o reinado de Popó como superpena, outro brasileiro tentou formar dobradinha. Em janeiro de 2001, foi a vez de o campeão brasileiro dos pesos-pesados, George Arias. Também desceu de categoria, para a dos cruzadores, e pegou o britânico Johnny Nelson. Foi superado por pontos, na casa do adversário.”Foi um combate difícil. O Nelson não gosta de lutas, mas de marcar pontos. Achei que tinha condições, fui com o objetivo de ser campeão, mas perdi. Quem sabe no futuro a gente consiga formar uma trinca [de campeões brasileiros]?”, comenta Arias. Enquanto Popó teve o cinturão dos leves da OMB, só um lutador tentou duplicar o feito do brasileiro. Foi o mosca Reginaldo Martins, que escalou o ranking da OMB sem nunca ter vencido alguém que tivesse uma única vitória no cartel. Viajou à Argentina em março de 2004. No entanto, não agüentou o campeão Omar Narvaez, que o nocauteou.Após o combate de hoje, Popó não deve subir de peso. A hipótese havia sido levantada quinta-feira, quando o promotor do brasileiro, o norte-americano Arthur Pelullo, afirmou, em entrevista coletiva, que o vencedor de Popó x Zaheem “será um nome forte entre os leves e meio-médios-ligeiros”, dando a entender que o brasileiro poderia mudar de categoria.Ontem, contudo, Pelullo descartou a possibilidade de Popó deixar os leves.

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