28/04/2006 10h08 – Atualizado em 28/04/2006 10h08
Gazeta Esportiva
O Inter conquistou uma vitória histórica por 2 a 1, nesta quinta-feira, contra o Nacional do Uruguai, no estádio Parque Central, em Montevidéu, pela primeira partida das oitavas-de-final da Copa Libertadores da América. Depois de sair perdendo com um gol de Vanzini, a equipe gaúcha teve forças de virar o placar com gols de Jorge Wagner e Renteria. O Colorado mostrou sua força quando jogou boa parte do segundo tempo com dois jogadores a menos depois das expulsões de Renteria e Ediglê e resistiu sem ceder o empate. Na próxima quarta as duas equipes voltam a se enfrentar, com o Inter tendo a vantagem do empate para ir às quartas. O primeiro tempo pode ser caracterizado como eletrizante, com as duas equipes tentando o gol , principalmente o Nacional que, jogando em casa, precisava da vitória. Logo aos 4 minutos, Fernandão, depois de driblar o goleiro uruguaio, perdeu o ângulo, desperdiçando ótima oportunidade. O Nacional respondeu dois minutos depois com Britez, num forte arremate da entrada da área. Clemer salvou. Aos 13, depois de jogada de Jorge Wagner, Rafael Sóbis, com um arremate defeituoso, colocou para fora mais uma oportunidade do Inter abrir o placar. O Nacional acabou abrindo o placar da forma que o técnico Abel Braga já desconfiava e treinara – o cruzamento. Aos 30 minutos, escanteio pela esquerda e o capitão Vanzini subiu mais alto e cabeceou. A bola ainda passou por baixo de Clemer antes de entrar. O Inter pareceu ter sentido o golpe e acabou retraindo-se dando ainda mais espaço para os uruguaios que, empurrados por sua torcida, pressionaram os colorados até o final da etapa. E quando tudo parecia definido, e todos esperavam o intervalo, Jorge Wagner decidiu dar novas cores à partida. Eram jogados 47 minutos quando o meia cobrou uma falta – sofrida por Fabinho na entrada da área uruguaia – com perfeição igualando o placar. Na segunda etapa o técnico Abel Braga colocou em campo o autor do lance mais belo do jogo. Renteria, aos 12 minutos, entrou no lugar de Rafael Sóbis, de atuação apagada. Aos 19 minutos, ele, o colombiano, recebeu um passe alto da entrada da área, deu um chapéu espetacular no zagueiro uruguaio, e arrematou, antes de a bola cair no chão, balançando as redes do Nacional e virando o jogo. Na comemoração, Renteria acabou levando o cartão amarelo. Mas o jogo que parecia encaminhado começou a se tornar difícil quando o próprio Renteria expulso por atrapalhar uma cobrança de falta. E o que era ruim ficaria ainda pior quando Ediglê, que entrara para fechar mais ainda a defesa, acabou expulso com menos de um minuto em campo. Eram jogados 38 minutos, e o Inter precisava resistir com dois jogadores a menos por pelo menos mais sete minutos. A partir daí só deu Nacional, mas com heroísmo, o Inter resistiu até o final.