28/04/2006 16h35 – Atualizado em 28/04/2006 16h35
Daniela Galli
Na próxima semana começa a “II Semana de Enfermagem” da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). A programação inclui palestras e mini cursos ministrados nos dias três, quatro e cinco de maio. O evento é realizado pelos alunos do 4º ano de enfermagem da UFMS e pela coordenação do curso.Na quarta-feira (3) a partir das 9h30min o Enfermeiro Especialista Jessé Milanez dos Santos aborda “O papel do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar”. Santos explica que este tipo de atendimento pode diminuir muito o risco de morte em pacientes em estado grave como em alguns acidentes de trânsito, por exemplo.OBJETIVOAs funções são semelhantes às aplicadas pelo serviço de resgate do Corpo de Bombeiros, entretanto o pré-hospitalar é especializado e o atendimento é imediato e feito no local. O enfermeiro reforça que alguns procedimentos como a traqueotomia (perfuração da traquéia para beneficiar a respiração) pode ser feito somente por uma equipe capacitada. “Em muitos casos até o tempo de internação do paciente diminui, pois a medicação foi aplicada mais cedo”, salienta Santos que se refere ao tempo que o paciente teria que esperar para ser medicado apenas dentro do hospital ou pronto socorro.O papel do enfermeiro é importante, pois este profissional é quem realmente passa mais tempo com o paciente, quando há uma internação. “No atendimento pré-hospitalar, sua função é trabalhar junto com o médico desde a sinalização do local até a aplicação de medicação intravenosa (dentro da veia)”. Santos ressalta que cada profissional segue um tipo de protocolo, mas uma função completa a outra. Por exemplo, o enfermeiro aplica a medicação na veia do paciente de acordo com a prescrição verbal do médico. SAMUO Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), programa do Governo Federal que presta socorro à população em caso de urgências é um exemplo de atendimento pré-hospitalar. Santos diz que o programa possui duas viaturas, uma básica, cuja equipe é formada por dois técnicos de enfermagem e outra avançada, composta por médico e um enfermeiro. O SAMU ainda é responsável pelo transporte de pacientes críticos para centros médicos especializados, de acordo com a gravidade do paciente. No Mato Grosso do Sul o programa é aplicado apenas em Campo Grande, mas o enfermeiro acredita que poderia ser estendido a Três Lagoas. “Pelo tamanho da cidade, quantidade de habitantes e potencial industrial o programa seria muito importante”.O SAMU será tema de um mini-curso na II Semana de Enfermagem. A enfermeira especialista Daniela Serrou do Amaral Oshiro, de Campo Grande vai abordar a relação da equipe de enfermagem com o programa na quinta-feira (4) a partir das 13h no anfiteatro do Campus I da UFMS.
