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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

ACM e deputado do PT trocam insultos via fax

26/04/2006 10h52 – Atualizado em 26/04/2006 10h52

Terra

Com uma troca de fax, em termos duríssimos, prossegue a batalha entre o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL) e os que o acusam de ter o presidente da Propeg, Fernando Barros, como seu testa-de-ferro. Na segunda-feira, da tribuna da assembléia legislativa baiana, o deputado Emiliano José (PT) vocalizou ser o publicitário Fernando Barros, dono da agência de publicidade baiana Propeg, “o testa de ferro de Antonio Carlos Magalhães” em pelo menos dois grandes negócios:- Além de sócio-proprietário do Terminal Portuário de Cotegipe (TPC) na Base Naval de Aratú (N.da R.: dentro da Baía de Todos os Santos), um negócio bilionário, o publicitário Fernando Barros, também dono da C. Port Porto Cotegipe, tornou-se o operador do porto Ponta da Laje, que vem a ser nada menos que o porto da Ford, que tem R$ 24 milhões de investimento do Governo da Bahia e exporta os carros da multinacional plantada em Camaçari.Depois de responder ao deputado numa entrevista a Terra Magazine, o senador, agora de seu gabinete no Senado, enviou um fax ao deputado na Assembléia Legislativa. Em 14 linhas Antônio Carlos Magalhães disparou:”Mais uma vez, a sua boca suja deu vazão aos seus ódios cinzentos como é a sua vida.Quero dizer que nunca tive e não tenho qualquer sociedade com o Fernando Barros ou qualquer outra pessoa. Inclusive, se o sr. encontrar alguma cota, passo-as para a senhora sua mãe a fim de que lhe sirva como herança no seu triste fim de vida.Afirmo, também, que o meu filho nunca teve sociedade com o Fernando Barros.De um canalha, não se pode esperar nada que não tenha a mácula do seu caráter.Não tenho tempo a perder com uma pessoa da sua laia.Quanto às suas mentiras, eu respondo a elas com as minhas verdades.Chega! Para uma figura deletéria como a sua.O fax chegou a todos os deputados da assembléia da Bahia e o debate em torno da denúncia ocupou toda a sessão. O deputado Emiliano José respondeu da tribuna, e leu o fax a ele endereçado pelo senador. Leu também o fax de 23 linhas que mandou para Antônio Carlos Magalhães em Brasília: “A declaração chula, grosseira, típica de moleque do Campo da Pólvora (NR: bairro de Salvador) que Vossa Excelência nunca deixou de ser, não é bastante para esclarecer o impressionante assalto que Vossa Excelência fez e faz ao Estado da Bahia, a impressionante privatização dos interesses públicos, o favorecimento permanente de si próprio, seus familiares, apaniguados e testas de ferro.Não me ameace porque se não tive medo quando Vossa Excelência era um rastejante bajulador que se escondia por trás da ditadura militar, quanto mais agora, que não é mais do que um ex-coronel fracassado, que saiu pela porta dos fundos para não ser cassado, quando da violação do painel do Senado, e que se acostumou a grampear pessoas para compensar sua fraqueza pessoal.Não cite minha mãe em sua boca suja, nem minta sobre a presença do nome de seu filho Antonio Carlos Peixoto de Magalhães Junior como proprietário das empresas Cosmo Express Ltda. e Pronto Express Ltda., hoje escondidas como sendo propriedade do seu preposto Fernando Barros.Não ouse falar em verdades e mentiras, pois Vossa Excelência nunca soube a diferença entre os dois conceitos. Não fosse o imenso prejuízo que Vossa Excelência causa à Nação e à Bahia, nunca perderia meu tempo com gente de sua espécie.”O senador César Borges, governador à época dos negócios e também citado pelo deputado petista, apontou uma razão que, no seu entender, teria motivado a denúncia:- O PT da Bahia fez uma tramóia numa licitação no Porto de Aratú (na baía de Todos os Santos), tramóia essa em favor da multinacional Bunge Alimentos, que quer dominar toda a logística da produção e distribuição de soja no Brasil. E ainda teve um “benefício” para o ex-presidente da Companhia das Docas, Geraldo Simões, candidato a deputado.

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