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sexta-feira, 12 de setembro de 2025

TJ-SP nega liminar em habeas corpus a Suzane Richthofen

24/04/2006 14h08 – Atualizado em 24/04/2006 14h08

Última Instância

O desembargador Damião Cogan, da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça paulista, negou liminar no pedido de liberdade apresentado em habeas corpus pela defesa de Suzane von Richthofen, que continuará presa preventivamente. A decisão foi anunciada pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) nesta segunda-feira (24/4).Cogan decidiu negar a liminar após ter recebido as informações que havia solicitado ao juiz Richard Francisco Chequini, do 1° Tribunal do Júri de São Paulo, que decretou a prisão da moça, e ao delegado José Masi, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). O mérito do habeas corpus será analisado pela 5ª Câmara Criminal do TJ, mas o julgamento ainda não tem data marcada.Suzane está presa desde a noite de 10 de abril, quando foi decretada sua preventiva. Após passar pelo 89º DP (Portal do Morumbi), onde se entregou, pelo DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), no centro de São Paulo, e pelo Presídio Feminino de Sant´Anna, no Complexo do Carandiru, zona Norte da capital, ela está presa no Centro de Ressocialização de Rio Claro (interior de SP), para onde foi transferida em sigilo.A estudante é ré confessa do assassinato de seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen, em outubro de 2002, ao lado de seu namorado à época, Daniel Cravinhos, e do irmão dele, Cristian. Os dois também estão presos preventivamente.No final de junho do ano passado, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) havia concedido um habeas corpus a Suzane, que depois chegou a ser estendido aos irmãos Cravinhos. A liberdade dos dois durou menos: em janeiro eles voltaram para a cadeia a pedido do Ministério Público após terem concedido uma entrevista à rádio Jovem Pan.O promotor Roberto Tardelli disse à época que Daniel Cravinhos parecia “orgulhar-se de seu talento para dissimular sua intenção homicida”. A defesa de Cravinhos tenta obter a liberdade dos irmãos por meio de uma ação de habeas corpus, que está sendo analisado pelo juiz Chequini, o mesmo que decretou a nova preventiva de Suzane.Ela também voltou à cadeia após a entrevista concedida ao programa Fantástico, da Rede Globo, que foi interpretada pelo juiz Chequini como “clara intenção de criar fatos e situações novas, modificando, indevidamente, o panorama processual”.Ao decretar a prisão, também a pedido do promotor Tardelli, o juiz entendeu que o irmão de Suzane, Andreas, estava “ao seu alcance”, recebendo o argumento do Ministério Público de que o fato de ela estar em liberdade representava um perigo ao irmão, visto que os dois disputam na Justiça o direito sobre a gestão do patrimônio da família.Os três devem ir a júri popular, marcado para o dia 5 de junho. A defesa de Suzane ainda tenta, na Justiça, que os julgamentos sejam realizados separadamente. Eles foram denunciados por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas), além de fraude processual, por terem alterado a cena do crime para tentar simular latrocínio (roubo seguido de morte). A defesa de Suzane ainda tenta um julgamento separado.

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