24/04/2006 14h19 – Atualizado em 24/04/2006 14h19
Rio Preto News
O governo planeja reduzir as exigências sanitárias para estimular a venda de medicamentos por unidade. O presidente Lula está preocupado com o fato de o projeto de fracionamento de remédios não ter deslanchado e pretende relançá-lo no mês que vem.Uma das principais mudanças em estudo no governo é a que permite a venda dos medicamentos fracionados também em drogarias — estabelecimentos que, ao contrário das farmácias, não têm autorização para manipular medicamentos e preparar fórmulas, comercializando somente remédios já prontos. A autorização virá, desde que a manipulação das substâncias seja feita por um farmacêutico.Ao equiparar farmácias e drogarias, o governo pretende usar a força das grandes redes para tornar o programa de medicamentos fracionados mais popular. Atualmente, o País tem mais de 55 mil farmácias e drogarias. O fracionamento dá a chance ao consumidor de comprar exatamente a quantidade receitada pelo médico, evitando gastos desnecessários e até o risco da automedicação, em função das sobras de remédios.MUITA BUROCRACIAA autorização para o programa de fracionamento veio em janeiro do ano passado, por meio de decreto assinado pelo presidente Lula. A regulamentação, no entanto, foi feita somente em maio pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As regras estabeleciam, por exemplo, que só as farmácias poderiam fazer o fracionamento. Além disso, também necessitariam de uma licença especial, processo burocrático que trazia mais custos para o proprietário do estabelecimento .Em meio a outros problemas, como pouca divulgação, o programa não avançou. Por isso, a preocupação do Palácio do Planalto em retomá-lo, de forma mais simples, no mês que vem.
