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sábado, 13 de setembro de 2025

Brasil deve crescer menos que a média mundial, diz FMI

20/04/2006 16h31 – Atualizado em 20/04/2006 16h31

BBC Brasil

A economia brasileira deve crescer 3,5% ao ano neste e no próximo ano, de acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgadas nesta quarta-feira em Washington. O crescimento previsto para o Brasil é mais uma vez menor do que a média mundial, menos do que a média da América Latina e bem menos do que os países emergentes. O FMI revisou para cima o crescimento da economia global e projeta um incremento de 4,9% neste ano, 0,6 ponto percentual acima da projeção feita no relatório anterior, em setembro do ano passado. Para o ano que vem, a expectativa é de um crescimento de 4,7%. Os dados são do Panorama Econômico Mundial, divulgado nesta quarta-feira pelo FMI, dias antes da reunião de primavera do Fundo, em Washington. O documento diz que a economia brasileira mostrou sinais de aceleração recentemente e aconselha o governo a continuar reduzindo os juros para estimular os investimentos. “Com a pressão inflacionária moderada e a expectativa controlada, há espaço para continuar a redução gradual da taxa de juros iniciada em setembro de 2005”, diz o relatório. Superávit O FMI também nota que o superávit primário ficou em 4,8% do PIB no ano passado, superior à meta de 4,25%, mas diz que, para continuar a reduzir a dívida pública, “é importante resistir às pressões para um alívio fiscal e sustentar os superávits primários”. A América Latina deve crescer em média 4,3% neste ano e 3,6% em 2007, de acordo com a previsão do FMI. O Fundo revisou para cima o crescimento médio da região, por causa do desempenho acima do esperado da Argentina e da Venezuela. Mas as duas maiores economias da região, Brasil e México, terão um crescimento abaixo da média. Apesar do crescimento relativamente elevado, a região ainda está sujeita a riscos. Estes riscos vêm, de acordo com os economistas do Fundo, de uma eventual redução de demanda por produtos primários e industrializados dos países que se sustentaram com crescimento das exportações – caso do Brasil. O FMI também cita o pesado calendário eleitoral da região este ano, salientando “a importância de se manter políticas econômicas sólidas e defender a credibilidade tão duramente conquistada entre investidores nacionais e estrangeiros durante a transição política”. O relatório destaca que a queda na dívida pública e a disciplina fiscal foram “grandes conquistas” da região no último ano, mas diz que em muitos países o nível de endividamento em relação ao PIB continua superior à faixa de 20% a 50%, considerada segura pela instituição.

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