11/04/2006 15h51 – Atualizado em 11/04/2006 15h51
Dourados News
Uma comissão sem representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, de produtores rurais e também sem representantes da Assembléia Legislativa não terá legitimidade para tratar das questões de conflito entre indígenas e fazendeiros na região do Porto Cambira, segundo avaliação da deputada Bela Barros, depois de conseguir junto ao Legislativo a formação de uma Comissão Especial para acompanhamento da questão em pauta.A Fundação Nacional do Índio se apressou em montar uma comissão para vir a Mato Grosso do Sul “em missão de paz” sem, no entanto, envolver outros segmentos interessados na solução do problema do conflito de terras naquela região.“Entendo como louvável a atitude da Funai, mas me recuso a entender como certa a discussão do tema sem o envolvimento de setores como a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, representantes de produtores rurais e ainda membros do Legislativo Estadual que acompanham o problema”, ressaltou Bela Barros.Segundo a parlamentar o interesse na solução do impasse atinge a toda a comunidade. Voltou a insistir No fato de que os indígenas precisam dar atenção ao que fora determinado pela Justiça no que diz respeito à posse das terras na região.Conforme as informações, nesta semana a juíza federal Kátia Cilene Balugar Firmino determinou a reintegração de posse aos donos da Fazenda Campo Belo, onde estavam acampados os índios acusados de matar os policiais civis.“O trabalho da Funai seria o de auxiliar no cumprimento deste mandado judicial providenciar a saída pacífica dos indígenas acampados daquela localidade”, afirmou a deputada, acrescentando que qualquer outra atitude partindo da Funai iria contrariar as expectativas de todos e as determinações legais.A deputada Bela Barros vai tentar ainda hoje um contato com a comissão enviada à Dourados pela Fundação Nacional do Índio, coordenada por Fernando Schiavini, e estabelecer uma reunião entre esta comissão e os parlamentares Humberto Teixeira (PDT); Jerson Domingos (PMDB), Zé Teixeira (PFL), e Antônio Carlos Arroyo (PL) além dela própria, para uma melhor avaliação da questão e conhecimento das providencias até agora adotadas.