10/04/2006 10h21 – Atualizado em 10/04/2006 10h21
APN/RMT online
A partir do próximo ano, as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deverão ser informatizadas para dar maior agilidade e exatidão ao procedimento. A informação foi repassada pelo diretor de Avaliação para Certificação de Competência do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Ataíde Alves, que foi recebido pelo secretário de Estado de Educação, Hélio de Lima. De acordo com o representante do Inep, grande parte das fichas de inscrição não é preenchida pelo aluno e sim por um funcionário da escola. “Nós precisamos atender melhor esse candidato que hoje faz a inscrição em um papel e depois passa para outra pessoa digitar. Por causa desse processo de várias interferências, detectamos erros em um volume significativo”, explica Ataíde. A informatização deverá diminuir o índice de evasão no dia do exame, que, de acordo com Ataíde Alves, chega a 43% dos inscritos. “Esse é um quadro nacional”, destaca. A informatização das inscrições representa economia para o governo federal, que tem custo de aproximadamente R$ 9 milhões por ano com o processo de inscrição do Enem. A expectativa é que a reestruturação dessa fase do exame contribua para atender à demanda de chamadas para a central de atendimento do Ministério da Educação, o Fala Brasil, que recebe cerca de 1,8 milhão de ligações. O Inep será responsável pela instalação do software e pela oferta de capacitação aos responsáveis por operá-lo. O secretário Hélio de Lima se prontificou em facilitar a implantação do novo software para inscrições em Mato Grosso do Sul e lembrou que o Estado já utiliza sistema online de pré-matrículas para a rede estadual de ensino de Campo Grande, usando as salas de tecnologia educacional instaladas nas unidades escolares. Hélio informou ao diretor de Avaliação para Certificação do Inep que o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), do qual o secretário de Mato Grosso do Sul é vice-presidente pelo Centro-Oeste, encaminhará sugestão de divulgação dos resultados do Enem. “É preciso tomar cuidado com os dados porque cada escola tem uma realidade, por isso é perigoso fazer ranking. Essa disputa não é educativa. O Enem não é para avaliar a escola”, afirmou.