10/04/2006 10h32 – Atualizado em 10/04/2006 10h32
AP
Um advogado de Detroit, nos EUA, disse que planeja abrir um processo contra o serviço de emergência 911 porque uma mulher morreu depois que seu filho, Robert, 6 anos, telefonou pedindo ajuda para a mãe que passava mal, e os atendentes pensaram estar diante de um trote. Geoffrey Fieger, advogado mais conhecido por defender Kack Kevorian, maior pregador a favor do suicídio assistido nos EUA, apresentou-se neste domingo no programa Today da NBC ao lado de Robert. Fieger disse que Sherrill Turner, uma mulher com problemas cardíacos, teria sobrevivido caso uma equipe de socorro tivesse sido mandada imediatamente. No programa de TV, o menino repetiu o que havia dito à atendente do 911. “Ela pensou que eu estava brincando com o telefone”, disse ele. Quando Sherrill caiu inconsciente, Robert telefonou duas vezes para o 911. Na primeira ligação, por volta das 18 horas, ele contou que sua mãe havia desmaiado, mas a atendente pediu para falar com um adulto. A polícia foi mobilizada depois da segunda ligação. Quando as autoridades finalmente chegaram à casa de Sherrill, ela já estava morta. Em uma declaração nesta sexta-feira, a chefe de polícia Ella Bully-Cummings disse que é importante não julgar apressadamente o caso e disse que não faria comentários mais detalhados porque existe um “iminente litígio” sobre a questão. “Este caso indica que temos um problema endêmico. As pessoas subestimam as crianças. Robert fez exatamente o que deveria fazer”, disse o advogado. A polícia de Detroit está investigando a ação do serviço 911. Fieger anunciou que hoje estaria entrando com o processo contra o município de Detroit.