08/04/2006 16h22 – Atualizado em 08/04/2006 16h22
Reuters
principal representante da Coréia do Norte nas negociações sobre o programa nuclear do país iniciou conversas, no sábado, com outros representantes envolvidos no diálogo para tentar retomar o processo que estava paralisado. O vice-ministro das Relações Exteriores da Coréia do Norte, Kim Kye-Gwan, chegou a Tóquio na sexta-feira. Outros representantes chegarão na próxima semana para participar das negociações cujo objetivo é evitar uma crise nuclear na península coreana. “Queremos ativar contatos bilaterais e multilaterais para que haja progresso nas negociações de seis partes”, disse Kim a repórteres em Tóquio. O principal representante da Coréia do Sul, Chun Yung-Woo, disse a repórteres que se reuniu com Kim no sábado para discutir a retomada das negociações. O principal representante do Japão, Kenichiro Sasae, também disse ter conversado com Kim por duas horas sobre as negociações nucleares e sobre a abdução de cidadãos japoneses por agentes norte-coreanos nas décadas de 70 e 80 para ajudar a treinar espiões. Kim está visitando Tóquio em meio a crescentes pedidos por parte de políticos e ativistas japoneses para punir o governo norte-coreano por se recusar a resolver essa questão. Ativistas japoneses de direita protestaram em frente ao hotel em Tóquio onde a delegação de Kim está hospedada, mas encerraram a manifestação depois de um breve confronto com simpatizantes japoneses do governo norte-coreano. O ministro da Defesa norte-coreano, Kim Il-Chol, colocou em dúvida o comprometimento dos Estados Unidos nas negociações, dizendo que o governo norte-americano estava fazendo da Coréia do Norte um alvo para um “ataque preventivo”. O negociador-chefe norte-americano, Christopher Hill, chegará a Tóquio na segunda-feira para um fórum privado. O principal representante da China, Wu Dawei, também estará na capital japonesa. Hill não tem planos de se reunir com o representante norte-coreano, mas não afastou a possibilidade, disse a repórteres o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Sean McCormack, em Washington.
