06/04/2006 17h15 – Atualizado em 06/04/2006 17h15
Julio Melo
Considerado um dos mais importantes exames, o teste do pezinho completa no nosso país em 2006, 30 anos, e todos os hospitais e unidades de saúde têm por lei, a obrigação de realizar a coleta de sangue do pezinho do bebê e fazer o encaminhamento ao laboratório. Segundo João Pessini, diretor do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora de Três Lagoas, o teste do pezinho na cidade é realizado nos postos de saúde, o hospital faz apenas o encaminhamento para a unidade básica de saúde mais próxima da casa da criança.O TESTEO teste do pezinho consiste na coleta de algumas gotinhas de sangue geralmente tiradas do calcanhar do bebe para realizar alguns exames que podem detectar doenças congênitas. O agente de saúde fura o pezinho da criança e encostam um papel essencial (um tipo de filtro) no local da picada deixando o sangue saturar todos os círculos do cartão de ambos os lados.A maioria dos que tem essas doenças nasce aparentemente normal. Durante um exame médico nada pode ser constatado, até os profissionais mais experientes podem não perceber as anormalidades nos primeiros dias. Por isto, para saber qual criança tem a doença, todos os bebês devem fazer o teste entre o sétimo e o 15º dia após o nascimento. O tratamento iniciado precocemente, normalmente antes dos dois meses de vida, após o diagnóstico, pode evitar a deficiência mental. A deficiência já instalada não pode ser recuperada. A prevenção dessas doenças exige que todos os recém-nascidos sejam testados, mesmo que não apresentem nenhum sintoma clínico anormal.PREVENÇÃOExistem três tipos de teste do pezinho cada um responsável por detectar determinadas doenças: o básico (fenilcetonúria e hipotireidosmo) o “plus” (fenilceturuna e outras aminoacidopatias) e o “ampliado”, que detecta também várias irregularidades no organismo. Além desses, pode-se fazer um quarto, o “complementar” que é capaz de verificar se a criança tem anemia falsiforme, ou ainda se é portadora do vírus do HIV.A três-lagoense Ana Ribeiro, mãe de duas crianças disse que nunca deixou de fazer o teste do pezinho de seus filhos. “É muito importante fazer o teste, se existe um instrumento capaz de evitar doenças no futuro, por que não faze-lo enquanto se pode”, disse ela.




