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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Murilo pede que BB prorrogue dívidas dos produtores rurais

29/03/2006 16h19 – Atualizado em 29/03/2006 16h19

Assessoria de Comunicação

O deputado federal Murilo Zauith, presidente regional do PFL/MS, pediu que o Banco do Brasil prorrogue o vencimento das dívidas dos produtores rurais em razão do longo período de estiagem. Este ano, só no Estado do Mato Grosso do Sul vão vencer R$ 150 milhões de financiamento do BB e os devedores não têm como pagá-lo.

“Esse financiamento tem de ser prorrogado. Espero que o dinheiro que o governo tem de alocar para os produtores rurais possa ser garantido por meio dos bancos oficiais, para poder segurar a próxima colheita”, apelou o deputado.

Murilo lembra que há regiões no Mato Grosso do Sul que acumulam três anos de perda de safra agrícola em razão de três anos de estiagem. “E isso faz com que o comércio e a economia local, baseadas no agronegócio, registrem queda nos negócios de mais de 50% de 2005 para 2006”, ressalta.

Ele adverte que a crise no agronegócio está gerando desemprego, diminuição de renda dos trabalhadores da região, o que acabará por refletir negativamente em todo o país.

Segundo o deputado, apesar da presença da chuva na época certa o que resultou este ano uma boa safra em algumas regiões, com a estiagem somada ao preço dos insumos, em face da política cambial do governo, deixaram de circular no país cerca de R$ 4 bilhões . Esse panorama desenha um quadro antagônico em que o país terá neste ano uma boa colheita em volume, mas péssima em receita”, prevê Murilo.

A diminuição da receita dos produtores atinge diretamente o comércio de produtos como tratores, colheitadeiras, carros novos, pick-ups, ou seja, todo o comércio automotivo. O excesso de oferta da pecuária de corte com a queda da exportação, devido à febre aftosa, faz com que a arroba tenha os mais baixos preços até hoje registrados na história.

“É fundamental que uma política de crédito a juros mais baixos seja implementada com urgência. A redução dos juros para o agricultor e o aumento de recursos para crédito, rapidamente refletiria positivamente na nossa economia”, defende Murilo.

Ele ressalta ainda que além disso a agropecuária necessita de uma política de renúncia fiscal que reflita na diminuição da carga tributária que recai sobre o setor e diminua as alíquotas de importação de forma a permitir a redução dos custos dos insumos.

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