13/03/2006 09h14 – Atualizado em 13/03/2006 09h14
BBC Brasil
A probabilidade de desenvolver dependência de cocaína pode depender dos genes, segundo pesquisadores do Instituto de Psiquiatria da Grã-Bretanha. O estudo identificou uma variação genética que causa uma maior inibição de uma proteína que controla a eliminação da dopamina, uma substância essencial para a estimulação do sistema nervoso.
A pesquisa foi feita a partir da análise dos DNAs de 700 usuários de cocaína e 850 outras pessoas. Os resultados foram divulgados na revista acadêmica Proceedings of the National Academy of Sciences.
Sobrecarga
O principal efeito da cocaína é inibir a ação da proteína DAT, que controla a eliminação de dopamina das junções entre as células nervosas do cérebro.
Isso leva a uma sobrecarga da substância nas células nervosas, o que, acredita-se, contribui para a sensação associada à cocaína. Os pesquisadores identificaram uma variação específica no código genético que controla a produção de DAT. As pessoas que carregam duas cópias desta variante particular estão 50% mais propensas a ficarem dependentes de cocaína.