07/03/2006 08h56 – Atualizado em 07/03/2006 08h56
France Presse
São reduzidas as chances de o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, despertar do estado de coma em que se encontra há mais de dois meses, e os médicos não podem estimar qual seriam os danos deste longo período de inconsciência no estado mental dele, afirmou nesta segunda-feira (6) Shlomo Mor-Yosef, diretor do Hospital Hadassah. “As chances [de sobrevivência] não são nulas”, declarou o professor Mor-Yosef, em uma entrevista coletiva à imprensa em Tel Aviv, divulgada pela versão pelo jornal “Yediot Aharonot”. “Consultamos especialistas israelenses e estrangeiros, e ninguém disse que não havia chances de sobrevivência”, reiterou o médico ao informar que a incógnita é, no entanto, “em que estado despertará” o premiê israelense. Sharon, 78, está inconsciente no Hospital Hadassah, em Jerusalém, desde que sofreu um acidente vascular cerebral, termo técnico que designa um derrame, no dia 4 de janeiro. A equipe médica responsável por Sharon decidiu na última quinta-feira (2) mantê-lo no hospital Hadassah após uma série de encontros com especialistas em reabilitação de vítimas de derrame. O estado de saúde do premiê continua como “grave, mas estável”, de acordo com o hospital. Ele foi submetido a uma cirurgia de emergência, no mês passado, para remover parte do intestino, depois de ter apresentado uma piora.
