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sexta-feira, 18 de julho de 2025

RJ: Exército ocupa favelas atrás de fuzis roubados

04/03/2006 07h42 – Atualizado em 04/03/2006 07h42

O DIA

Trezentos policiais do Exército ocuparam, às 17h desta sexta-feira, o complexo do Alemão, em Ramos, na capital fluminense, em busca dos dez fuzis roubados do quartel em São Cristóvão pela manhã, e do ex-cabo suspeito de participar do crime. Ele seria morador da estrada do Itararé, próximo à favela Nova Brasília, no complexo. O Exército obteve na Justiça mandado de busca e apreensão para vasculhar a casa dele. Até o fim da noite, a caçada continuava, sem prazo para terminar. Com apoio de 30 PMs do 16º BPM (Olaria), o grupo ocupou os seis principais pontos do complexo de favelas. Na avenida Itaóca e na estrada do Itararé, militares revistaram ônibus, carros e motos. Homens de duas companhias do 1º Batalhão de Polícia do Exército se dividiram entre asfalto e favelas. Acessos de pedestres e carros foram bloqueados Parte do complexo parecia sitiada. A rua Joaquim Queiroz, acesso à favela Grota, foi interditada com cavaletes e cones. Em outro ponto, na rua Jehovan Costa, uma das entradas para a Nova Brasília, novo bloqueio. Soldados armados de fuzis e escondidos atrás de muros impediam que moradores a pé ou de carro passassem. Na rua Canitá, acesso à Fazendinha, um caminhão, lotado de policiais, fechava meia pista. Moradores reclamavam de serem obrigados a dar voltas para chegar em casa. Mesmo quem estava carregando bolsas de supermercado ou com bebês de colo era impedido de passar pelos bloqueios. As ruas de acesso foram ocupadas pelos homens do Exército. Os PMs apoiaram a subida às favelas e permaneciam nos pontos altos até o fim da noite de ontem. A incursão contou ainda com a participação de quatro cães farejadores e um carro de combate.
Mangueira foi vasculhada por agentes da Polícia Civil A Mangueira também foi alvo da ação policial. Às 16h, 50 homens da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) fizeram incursão no morro. Segundo o delegado Marcos Reimão, havia denúncia de que os fuzis teriam sido deixados lá. “A informação chegou à Subsecretaria de Inteligência. Vasculhamos o endereço citado, mas nada foi encontrado”, disse. Com carro blindado e helicóptero, eles ocuparam a favela por duas horas.

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