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quarta-feira, 10 de setembro de 2025

UEL: marquise estava condenada, afirma perito

21/02/2006 17h19 – Atualizado em 21/02/2006 17h19

Folha de Londrina/Maringa News

A queda da marquise na Universidade Estadual de Londrina, (UEL), que aconteceu no dia 12 de fevereiro, era uma questão de tempo. A afirmação édo perito do Instituto de Criminalística, Luiz Noboru. Ele revelou ontem que a investigação feita até agora constatou que a estrutura que desabou no anfiteatro do Centro de Estudos Sociais Aplicados (Cesa) apresentava conflitos entre projetos e problemas sérios de infiltração e que, pelo menos este último defeito, poderia ter sido detectado durante o serviço de conservação do prédio. O desabamento provocou a morte de dois estudantes de Ribeirão Preto (SP) e ferimentos em outros 22. Todos participariam de um congresso de Zoologia na instituição.

”A marquise estava condenada e poderia cair a qualquer momento”, sentenciou o perito. De acordo com Noboru, uma somatória de fatores concorreu para que a estrutura, que pesava 16 toneladas, se deteriorasse. Pelo menos dois deles já foram detectados pelo trabalho de perícia e divulgados ontem. ”Foi uma somatização de erros, tanto de conflito entre projetos quanto na parte de execução da obra”, completou.

Ele explicou que, mesmo sendo prevista, a construção de grelhas para escoamento de água da chuva nas ”células” que compunham a parte superior da marquise acabou não sendo realizada. Sem escoamento, a água se acumulou, provocando infiltração que comprometeu sobretudo a parte da frente da marquise. ”Tanto que foi essa parte que caiu primeiro”, observou Noboru.

Ele comentou que pelo menos o problema da infiltração poderia ter sido detectado durante inspeções de conservação. Mesmo diante dessas conclusões, o perito do IC preferiu dizer que o trabalho de investigação continua. ”Já conhecemos alguns dos indícios. Agora, estamos apurando se podem existir outros”, destacou.
Ontem, a perícia se concentrou no subsolo, especificamente nas estacas que davam sustentação ao pilar que suportava a marquise. Elas tinham função estrutural e também podem ter contribuído para a queda. Outro foco dos peritos são as vigas existentes entre a parede do anfiteatro e a marquise.

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