18/02/2006 08h20 – Atualizado em 18/02/2006 08h20
Folha da Região
Um dos seqüestradores mais perigosos do Estado, Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, condenado a 413 anos de prisão, comandou uma rebelião que durou cinco horas nesta sexta-feira, na Penitenciária 1 de Mirandópolis.A rebelião começou depois que Andinho tentou fugir depois de ter rendido o diretor de disciplina da penitenciária Luciano Donizete Pereira, durante uma entrevista, por volta das 15h30. Ele teria tentado sair pela porta da frente.Mesmo com o diretor sob a mira de um revólver calibre 38, empunhado por Andinho, o agente de segurança teria se negado a abrir o portão e acionado alarme de segurança.O tumulto se estabeleceu e outros detentos com três simulacros de arma de fogo e outros três de granada renderam os 34 funcionários que estavam no raio. Os guardas da muralha chegaram a efetuar disparos de alerta apenas para controlar a situação. Uma mulher e um agente teriam passado mal e foram liberados nas primeiras horas da rebelião.Os outros 32 reféns foram libertados apenas por volta das 20h, quando ficou acertada a transferência de seis detentos para o Centro de Ressocialização de Presidente Bernardes. Além de Andinho foram transferidos ainda na noite de ontem os detentos: Robson Pinho, Ricardo Leitão Cunha, Leonardo Aparecido Rosário, Luciano Rocha e Gilmar Silva Lemos.Os presos teriam pedido a mudança de presídio porque no centro de ressocialização eles tendem a ficar em celas separadas, evitando assim o aperto, já que segundo a Secretaria de Segurança Penitenciária a P1 de Mirandópolis tem capacidade para abrigar 804 presos e está com 1.220.Segundo informações da Polícia Militar no momento que começou a rebelião a mulher de Andinho foi abordada em um Golf, de cor preta, nas imediações da penitenciária. A polícia suspeita que o plano de fuga já estava combinado.Andinho é um dos principais suspeitos de ter assassinado o prefeito de Campinas, Toninho do PT.
